Roberto Martínez explicou, na conferência após a estreia como selecionador de Portugal, o que pretende ao jogar com três centrais. O treinador espanhol elogiou ainda o estreante Gonçalo Inácio.

«Não sou um treinador que joga num determinado sistema. Já o mostrei quando treinei na Premier League e depois na seleção da Bélgica. Tento tirar o máximo dos meus jogadores. Prefiro tirar o melhor dos jogadores e encontrar para eles o melhor sistema do que simplesmente impor um sistema. Foi por isso que apostei numa linha de três para poder atacar com mais gente. Com o grupo de jogadores que temos, podemos ser muito bons com bola, sem bola e em transição. Por isso, seria mau restringir a equipa a um sistema.»

[jogou com Danilo, adaptado a central, deixando centrais de raiz no banco]

«Jogar com três centrais permite defender com menos jogadores e atacar com mais. Ter a fazer a posição Danilo permite jogar em posições mais avançadas, como fizemos frente a este adversário. A experiência dele nessa posição foi importante. Os jogadores não jogam presos a uma posição, movem-se pelas fórmulas que treinamos.»

[sobre a estreia de Gonçalo Inácio]

«O Gonçalo tem um perfil muito moderno. Tem capacidade ed jogar com muito espaço, tem muitos jogos numa linha de três, era mais fácil e era importante ter este perfil. Por isso, achei que era importante tê-lo em campo.»

[sobre a aposta em Ronaldo e Félix na frente]

«Queria perceber melhor as relações entre os jogadores. O Félix pode jogar muito bem na ala e entrelinhas. Podemos sempre jogar com dois homens na frente, mas a ideia para as duas partidas deste período é jogar com apenas um. Porque jogamos contra equipas com blocos muito baixo e precisamos de explorar os espaços de outra maneira. Neste jogo era importante perceber como nos movíamos com o Bruno Fernandes e o Bernardo Silva, com o Guerreiro e o Félix mais à esquerda e ter o Cristiano no meio.»