Andreï Shevchenko pendurou as botas depois de ter feito o Euro-2012 com a camisola da Ucrânia para se dedicar à política e já está a sentir as pressões inerentes ao novo mundo. Depois da derrota diante da Inglaterra (0-1), o antigo Bola de Ouro juntou-se, em julho, ao partido «Em frente Ucrânia» que faz oposição ao atual presidente Viktor Ianoukovtich. Com eleições legislativas marcadas para o final de outubro, o antigo jogador doou cerca de um milhão de euros para financiar a campanha do seu partido, mas agora está a ser acusado de ter comprado um lugar na política.

«Não foi nada disso, não estou à venda. Na internet escreve-se muita coisa, mas o meu objetivo principal é estar perto do povo. Tenho percorrido o país em campanha eleitoral e tenho sentido que as pessoas apoiam a minha decisão de entrar na política. Beneficio de uma certa confiança da população que fui construindo ao longo da minha carreira. Isso é o que é mais valioso para mim», destacou.

Shevchenko habituou-se a ganhar no futebol. Foi cinco vezes campeão da Ucrânia, com o Dínamo Kiev, venceu uma Liga dos Campeões, um campeonato, uma taça e uma Supertaça Europeia com o Milan. Marcou mais de 300 golos ao longo da carreira. Agora, aos 36 anos, procura os seus primeiros «golos» num campeonato que promete ser ainda mais difícil.