Os vírus nos telemóveis, em particular nos que possuem sistema operativo (e geralmente conhecidos por «smartphones»), vão crescer a uma taxa anual de 30 por cento nos próximos cinco anos.

Algo que está a levar as empresas especialistas em segurança de «software» a mudarem de estratégia, centrando-se mais em aplicações para este tipo de objectos, dado que a exposição dos telemóveis a ameaças informáticas está cada vez mais próxima da dos computadores pessoais.

«As principais plataformas móveis tornaram-se suficientemente amplas para atrair o interesse e têm largura de banda na forma de HSDPA, EV-DO e redes WiFI para descarregar aplicações», justifica a empresa Trend Micro, acrescentando que o «malware», ou seja o «software» com vírus, cresceu bastante nos últimos três anos e tem afectado os sistemas operativos Symbian OS, usado pela Nokia e Sony Ericsson, e o Microsoft Windows Mobile.

A Trend Micro refere igualmente que, embora todos os sistemas operativos possuam vulnerabilidades, «são os sistemas mais usados que assistem à exploração destas falhas». Como consequência destes ataques, os cartões de memória dos aparelhos podem ser destruídos, embora o serviço no telemóvel infectado possa ser restaurado ao fazer-se um «hard reset» nas aplicações «factory» do dispositivo.

Blackberry com mais defesas

Já no caso específico do «Blackberry», telemóvel empresarial com correio electrónico e outras funcionalidades, a penetração destas ameaças é atenuada dado que há a possibilidade de bloquear os aparelhos e codificar dados, de forma a limitar potenciais ataques.

«As vulnerabilidades na solução Blackberry surgem quando os administradores não bloqueiam os aparelhos ou codificam os dados. Aparelhos que não estão bloqueados através do BES tornam-se vulneráveis no caso de se instalar software suspeito», avisa a Trend Micro.