No fim da noite épica de Turim há uma imagem que para mim diz tudo sobre Cristiano Ronaldo: as lágrimas a caírem dos olhos de Georgina, e o muito que elas significam.

Aquelas lágrimas contam-nos muito mais sobre Ronaldo do que pode parecer. Contam-nos, por exemplo, que ultrapassar todos os limites não é um capricho, um impulso, uma vontade.

É algo muito mais profundo.

É provavelmente uma cruzada, alimentada todos os dias, todas as horas, todos os instantes, e que por isso mesmo acaba por arrastar toda a gente que lhe está próxima para um mergulho profundo na mesma ambição.

Ser histórico não é coisa de um homem só: é coisa de uma família inteira, se calhar é coisa até de uma comunidade inteira.

Porquê? Porque a dedicação é tão grande que acaba por contagiar toda a gente.

PS. Sobre o resto, sobre o que acontece dentro de campo, há muito pouco mais a dizer. Nesta altura, aliás, só uma coisa a dizer: obrigado, meu Deus, por me fazeres testemunha de algo tão grande para história do futebol.