O tema do estudo foi a violência nas relações íntimas entre adolescentes e teve como alvo alunos com uma média de 16 anos. O inquérito abrangeu cerca de 600 jovens em 11 escolas a nível nacional.
Dez por cento dos alunos inquiridos admitiu já ter sido vítima de violência sexual. Destes, seis por cento dizem já ter sido abusados sexualmente e quatro por cento confirma que foi ameaçado, mas a relação não se concretizou.
A violência entre namorados adolescentes também tem vindo a crescer. Mais de 40 por cento dos alunos inquiridos já foi alvo de agressões verbais e 4 por cento sofreu agressões físicas. Uma realidade, de acordo com a autora do estudo, Rosa Savedra, para a qual as escolas não estão preparadas.
«As escolas não têm equipamentos humanos e não tem recursos para dar resposta a este tipo de solicitações», explicou em declarações à Rádio Clube. A investigadora considera também que estes números são «claramente uma percentagem muito elevadas porque estamos a falar de comportamentos de risco numa relação de intimidade».
Apesar da gravidade conferida aos abusos sexuais, Rosa Savedra salienta que «não podemos dar mais valor a estes do que as formas de violência física ou verbal».
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