No princípio deste julgamento, Valentim Loureiro e os outros 23 arguidos do processo Apito Dourado de Gondomar optaram por manter o silêncio.
«Ao tomar conhecimento de que a testemunha Carolina Salgado relatou hoje, no Tribunal de Gondomar, encontros com a minha mulher, venho desmentir, de forma veemente, que tais encontros tenham, alguma vez, ocorrido em ambiente particular ou familiar», refere o autarca de Gondomar, em comunicado enviado à Lusa.
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«Apenas em eventos oficiais, organizados pelo Futebol Clube do Porto - no Estádio do Dragão ou em Casinos -, a minha mulher e eu próprio estivemos na presença daquela testemunha», garantiu Valentim Loureiro no seu comunicado.
O ex-presidente da Liga portuguesa de Futebol Profissional e presidente da Câmara de Gondomar é um dos 24 co-arguidos no processo Apito Dourado de Gondomar, estando acusado de cumplicidade em 26 crimes de corrupção activa e autoria de um crime de prevaricação.
A seu pedido, o ex-presidente da Liga portuguesa de Futebol Profissional e presidente da Câmara de Gondomar tem estado ausente das sessões do julgamento em que é co-arguido.
No seu comunicado de hoje, Valentim Loureiro diz acreditar que o tribunal «saberá valorar a credibilidade dos testemunhos» que ouve.
Diz igualmente que desconhece a existência de um dos restaurantes referidos por Carolina Salgado onde se discutiriam árbitros para o Gondomar SC - o «Graça da Vila» - e recorda que, «em tempo oportuno», desmentiu também «categoricamente», qualquer conversa tida com o senhor Pinto de Sousa, a respeito de árbitros, na sala VIP do Estádio do Bessa.
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