As portas da central de incineração da Valorsul, em São João da Talha, cujos trabalhadores estão em greve, foram abertas pelas forças policiais pouco depois das 17:00 para permitir a descarga do lixo dos concelhos servidos pela empresa, informa a agência Lusa.

De acordo com fonte do gabinete de comunicação da Valorsul, a empresa comunicou aos ministérios do Ambiente e do Trabalho, que decretaram os serviços mínimos na passada sexta-feira, que estes não estavam a ser cumpridos, mas a empresa diz não ter chamado as autoridades.

Em comunicado hoje divulgado, a Valorsul afirma que «a legalidade foi reposta» na empresa, após a descarga de lixo ter sido retomada na central de tratamento de resíduos sólidos urbanos em São João da Talha e no aterro sanitário de Mato da Cruz.

«Na presença da PSP e da GNR, foram reabertos os portões de acesso daquelas instalações, os quais haviam sido ilegalmente fechados no início da greve» decretada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas (Sinquifa), «em violação da Lei da Greve».

O coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa da CGTP, Arménio Carlos, garantiu que a central sindical contactou o Ministério da Administração Interna, tendo sido informada pelo secretário de Estado que a polícia interveio a pedido da administração da Valorsul.

Cerca das 19:00, estavam junto à central de incineração perto de uma dezena de agentes da PSP a zelar pela abertura das portas, mas a descarga de resíduos encontra-se interrompida desde as 18:15, altura em que a fossa do lixo ficou completamente cheia.