O ministro da Saúde, Correia de Campos, adiantou ter dado instruções para que os serviços do Ministério tenham «algum senso comum» em relação ao rigor formal que tem rejeitado receitas médicas incorrectamente preenchidas com custos suportados pelos farmacêuticos.

Em visita a unidades de saúde no concelho de Sintra, Correia de Campos adiantou não ter «conhecimento que [doentes] tenham deixado de ter acesso a medicamentos por esse facto».


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No entanto, o ministro referiu ter dado instruções aos «serviços, há cerca de quinze dias, para que este rigor formal tenha algum senso comum», pois existem situações «em que o médico omitiu a data, mas o carimbo do centro de saúde naquele dia tem uma data».

Segundo o ministro, quando a receita médica não é devidamente preenchida os farmacêuticos suportam esse inconveniente na «esmagadora maioria das circunstâncias».

«Não é verdade [que doentes estejam a ficar sem medicação] por várias razões. Setenta por cento do receituário do país é já emitido de forma informática e, portanto, há muitas situações onde isso não existe», adiantou Correia de Campos.

Novos hospitais

Correia de Campos afirmou que as piores situações de saúde no país localizam-se no litoral e à volta das grandes cidades e anunciou a construção dos novos hospitais de Faro e de Sintra.

O ministro visitou esta segunda-feira quatro unidades de saúde no concelho de Sintra, para conhecer «o que se passa exactamente numa grande periferia a Norte de Lisboa» e anunciou a construção de novos hospitais em Sintra e em Faro.

Questionado pelos jornalistas sobre a falta de espaço nas urgências do Hospital de Faro, Correia de Campos adiantou que «os problemas constroem-se olhando para futuro» e anunciou a construção do novo hospital de Faro.

«Faro vai ter um hospital central e é isso que estamos a tratar. Espero estar em muito boas condições de estar daqui a alguns meses a anunciar o concurso do novo hospital central de Faro que vai ser construído em parceria», adiantou o ministro.

O concelho de Sintra também terá um novo hospital e, segundo Correia de Campos, «vai ser posto a concurso juntamente com a gestão do Hospital Fernando da Fonseca [Amadora-Sintra]», contrato que termina este ano, mas que o Ministério vai «provavelmente solicitar a expansão do prolongamento precário da sua vigência».

«Está previsto no planeamento da grande Lisboa que Sintra tenha um hospital relativamente pequeno, que não terá mais que 150 camas, que servirá a parte Norte do concelho e será associado ao hospital Amadora-Sintra», explicou o ministro.