[Actualizada às 15h38]

Onze dos 14 suspeitos detidos no domingo no âmbito dos processos relativos à morte do empresário da noite Aurélio Palha e do segurança de Miragaia, Ilídio Correia, estão desde as 15h30 no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

A recepção foi feita debaixo de gritos e choros dos familiares dos detidos que têm um cordão policial a detê-los num dos lados da rua do Tribubal de Intrução Criminal do Porto.

Os jornalistas têm estado a ser alvo de insultos constantes por parte da cerca de meia centena de familiares dos detidos.

Os suspeitos dos homicídios na noite do Porto serão ouvidos pela juíza Anabela Tenreiro. Estão presentes o procurador-adjunto Felisberto Teixeira e a procuradora Helena Fazenda, nomeada pela Procuradoria Geral da República para chefiar as investigações sobre os crimes ocorridos na noite portuense.

Recorde-se que 14 pessoas foram detidas no domingo, numa mega-operação montada no Porto, Gaia e Gondomar, envolvendo 202 agentes da Judiciária e a participação da PSP.

«Noite Branca» detém 14 suspeitos

«O que está em jogo é muito mais grave»

Quando os investigadores saíram para a rua, antes das sete da manhã, tinham nas mãos nove mandados de detenção, emitidos pela juíza de instrução criminal, mas apenas cumpriram oito, já que um dos arguidos, conhecido por «Palavrinhas», não foi encontrado.

Os restantes detidos foram-no em situações de flagrante delito associadas, designadamente, à posse ilegal de armas e de droga.

Os indivíduos capturados nesta operação denominada «Noite Branca» - de combate à criminalidade associada à noite do Porto -, estão indiciados por associação criminosa, homicídio voluntário, tráfico de estupefacientes, receptação e detenção de armas proibida.

Os mandados de detenção emitidos, aludiam mesmo ao espírito de grupo que a complexidade dos crimes indicia e estabeleciam uma conexão com a segurança ilegal nos espaços de diversão nocturna e a obtenção de armas.

Em conferência de imprensa, o director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, que acompanhou a operação no Porto, disse ainda que há mais de uma semana que esta mega-operação estava «desenhada» e que não vai ficar por aqui.