Buzinas contra combustíveis caros: o Movimento de Utentes de Serviços Públicos promove um «buzinão» nacional dia 17, tendo como destinatário um governo que os organizadores do protesto acusam de «assobiar para o lado» enquanto os preços sobem, escreve a Lusa.

O apelo do MUSP, que afirma reunir «centenas» de comissões de utentes por todo o país destina-se sobretudo a interpelar o governo para que «crie condições para que os aumentos [de combustíveis] não sejam sempre suportados pelas mesmas pessoas», disse à Agência Lusa Carlos Braga, porta-voz do movimento.

«Queremos que seja uma acção de rua a nível nacional, com a participação da população. Não é tolerável que o governo assobie para o lado e deixe arrastar esta situação», afirmou Carlos Braga.

O MUSP está a contactar «comissões de utentes, estruturas sindicais, associações de transporte de mercadorias e colectivo de passageiros, federações do táxi» para aderirem ao protesto e organizarem os seus próprios «buzinões» a nível local.

Camionistas em mega buzinão

PND quer «buzinões» contra aumento dos combustíveis

A hora marcada para as buzinas se ouvirem é entre as 17:45 e as 18:00 de dia 17.

Entre as Comissões que já aderiram encontram-se as dos utentes do concelho de Almada, Sesimbra e Seixal que em comunicado apelam à participação da população e alargam a hora do protesto: o apelo é para os automobilistas protestarem na ponte 25 de Abril entre as 07:00 e as 09:00 e à tarde, entre as 17:00 e as 19:00.

Em Lisboa, os locais apontados para concentrações de protesto e «buzinão» são para já Alcântara, Marquês de Pombal, Parque das Nações e Entrecampos, mas o MUSP deverá na próxima sexta-feira divulgar com certeza os locais definitivos por todo o país.

Entre os argumentos invocados para o protesto está o «agravamento das condições de vida para as famílias» dos aumentos do preço dos combustíveis e outros aumentos que são sua consequência.

O MUSP defende medidas como redução do preço e diminuição de imposto sobre o gasóleo destinado às empresas transportadoras de mercadorias e passageiros.

Carlos Braga afirmou que o protesto divulgado hoje não está directamente relacionado com os bloqueios promovidos por empresas de transporte que desde domingo estão a ser realizados pelo país.

«Esta é uma acção que temos vindo a amadurecer há mais tempo, vendo que aceitação poderia ter e decidimos avançar quando tivemos respostas positivas», salientou.

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