O primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu hoje que é «um imperativo ético» que quem participa em processos de geração de riqueza tenha acesso a níveis aceitáveis de dignidade e disse que a Europa tem uma responsabilidade a que não pode fugir.



José Sócrates, que falava na abertura do Fórum da OIT sobre «Trabalho Digno para uma globalização justa», considerou que, nas actuais condições mundiais, são urgentes mecanismos de regulação da globalização e compromissos concretos em torno dos patamares básicos de cidadania a que cada ser humano tem de ter acesso.



«Enquanto Presidência em exercício da UE, quero sublinhar que a agenda de um trabalho digno não é uma lição de uns para outros, é um compromisso partilhado, que tem de ser lido consoante o contexto em que nos encontramos», disse.



Reconheceu que a UE tem, nesta matéria, «uma responsabilidade interna e externa a que não pode fugir: lutar pela melhoria dos standards sociais».