O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), João Proença, mostrou-se hoje satisfeito pelo acordo alcançado entre patrões e sindicatos europeus para a modernização do mercado de trabalho, afirmando que a «flexisegurança é do interesse de todos os trabalhadores», escreve a Lusa.

As declarações de João Proença foram proferidas à saída do encontro entre empresários e grupos sindicalistas europeus em Lisboa, que antecedeu a Cimeira informal de chefes de Estado e de governo da UE.

«O documento no seu todo é importante», afirmou João Proença, salientando que o texto «valoriza as dimensões mais importantes» das questões sociais.

O secretário-geral da UGT acrescentou ainda que «a flexibilidade para os trabalhadores e a segurança são do interesse de todos os parceiros» envolvidos nas negociações.

«Agora [os princípios acordados] têm de ser baseados numa perspectiva de emprego de qualidade, qualidade do trabalho e na menor precariedade», referiu João Proença.

O secretário-geral da UGT manifestou depois a convicção de que muitas dessas questões estão salvaguardadas no documento acordado, nomeadamente no que se refere ao «combate à insegurança e à precariedade» - elementos que «afectam a competitividade das empresas europeias e prejudicam a flexibilidade do mercado de trabalho».

O encontro entre empresários e grupos sindicais europeus levou a um acordo sobre os princípios da modernização do mercado de trabalho e da flexisegurança.

Contudo, a CGTP, o maior grupo sindical português, não aceita o acordo sobre a flexisegurança e organizou uma manifestação de trabalhadores, no Parque das Nações, em Lisboa, à porta do encontro dos parceiros sociais europeus.

O primeiro-ministro, José Sócrates, minimizou o impacto da manifestação convocada pela CGTP, afirmando que a aplicação dos princípios em concreto dependerá sempre de país para país e que o importante foi o «sucesso» do encontro entre países europeus.