Uma dívida de 43.500 euros do Sp. Braga em relação ao Piães está a criar a polémica sobre a possibilidade do clube bracarense inscrever atletas. Em causa está uma dívida não saldada por parte do Sp. Braga pela formação do jovem central Vítor Hugo, entretanto emprestado ao Limianos (II Divisão). O Sp. Braga defende que continua a poder registar novos contratos de jogadores, o Piães alega que não.
O clube da Associação de Futebol de Viana do Castelo apresentou queixa no Conselho de Disciplina da Federação, onde lhe foi dada razão. O Sp. Braga ficou obrigado a pagar a dívida até 24 de Dezembro, o que não fez. «A decisão já transitou em julgado e não é passível de recurso», referiu o advogado do Piães, José Rebelo da Silva. «Esta medida não carece de qualquer decisão do Conselho de Justiça, pois é automática».
O Sp. Braga tem outro entendimento dos regulamentos. Também em declarações à Agencia Lusa, o advogado Bruno Macedo diz que o clube recorreu para o Conselho de Justiça, o que suspendeu a decisão da Comissão de Disciplina. «O impedimento pode ser suspenso até ao trânsito em julgado da decisão final logo que se mostre efectivamente prestada caução».
O Sp. Braga insiste em recorrer para o Conselho de Justiça porque considera que houve um vício de decisão na análise do Conselho de Disciplina, que não ouviu duas testemunhas arroladas pela defesa bracarense. O Piães, por outro lado, promete ir até ao fim, «incluindo impugnar a participação do Sp. Braga nas provas europeias, já que a UEFA penaliza com exclusão os clubes com dívidas de formação», disse o advogado.