Foi uma surpresa para muita gente ver Riva, tal como Edmilson, trocar Guimarães pelo seu maior rival. Ainda para mais quando se tratava de dois jogadores marcantes na história recente do clube da cidade-berço. Porém, esta opção não foi tão estranha assim para o jogador, que apenas decidiu aceitar o melhor convite, de entre vários que recebeu ainda antes da época passada terminar. Para além das condições económicas e perspectivas de futuro, a decisão foi facilitada porque se trata de um clube que fica no norte, onde já se habituou a estar. 

A comparação entre as duas «casas» é inevitável e até nem são necessárias muitas palavras para estabelecer o que realmente separa diferentes formas de estar no futebol. «A principal diferença que eu notei foi a aproximação que a Direcção do Braga tem com os jogadores, o que não existe no Vitória», advoga. Não foi difícil escolher, pois estava na hora de mudar: «Joguei quatro anos no Guimarães e passei momentos bons e maus, mas analisando friamente, acho que tive um bom papel. Decidi aceitar o desafio do Braga, que é o principal rival do Vitória, e encarei-o como um projecto que me poderia lançar ainda mais no futebol português». 

Ao contrário do que transpareceu para a opinião pública, Riva não foi dispensado do seu anterior clube. Apenas não quis renovar o contrato. As propostas surgiram em abundância «ainda antes da época terminar», pois «já tinha decidido que ia sair de Guimarães». Ainda houve intenção de renovar, mas o brasileiro recusou. «Disse que agradecia o convite, mas queria ter um novo desafio na minha vida, um novo clube, conhecer novas pessoas, novos jogadores», reafirma. Para si, «o mais importante é deixar uma boa imagem» por onde passa é por isso que fica satisfeito quando, por vezes, vai a Guimarães - «onde tenho grandes amigos» -, e sente «o carinho das pessoas, que agradecem pelo trabalho que desempenhei». 

Falta jogar no estrangeiro 

O currículo que vai preenchendo com a longa passagem pelo futebol português ainda não satisfaz o brasileiro, que alimenta a esperança de vir a jogar noutro país.

A ligação ao Braga termina apenas em 2002, mas Riva confessa que um dos seus grandes objectivos «é ter uma experiência no estrangeiro» e assegura que vai «trabalhar muito para conseguir atingi-lo».  

Esta atracção pelo desconhecido explica-se pelo seu espírito arrojado. «Gosto de aventuras, de conhecer novas pessoas e acho que seria uma boa experiência para mim poder jogar num clube de outro país», refere, embora assegure não ficar desiludido de isso não acontecer, pois sempre pode permanecer em Portugal. 

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