Rui Duarte, treinador do Sp. Braga, em conferência de imprensa, depois da vitória sobre o Estoril (1-0), no Estádio António Coimbra da Mota, em jogo da 29.ª jornada da Liga:

Primeira vitória desde que assumiu o comando da equipa. O que mudou ao intervalo para o Sp. Braga chegar ao golo?

- Foi um jogo sólido da nossa parte, um jogo sem muita baliza na primeira parte, mesmo na segunda não houve grandes chances de golo, mas sem dúvida que fomos mais à procura do que queríamos. Foi muito diferente do jogo da semana passada em que sofremos um tombo grande [derrota em casa com o Arouca, por 3-0]. Tínhamos de reagir e mostrar em campo outro tipo de abordagem, outro tipo de crença. Foi um jogo sólido, demos poucas chances ao adversário e não foi por termos jogado com um bloco baixo, pelo contrário, a nossa linha defensiva jogou sobre o meio-campo, excetuando os minutos finais do jogo.

Como olha agora para a classificação, com o Sp. Braga com os mesmos pontos do que o FC Porto? Terceiro lugar vai ser um objetivo?

- Vai ser uma luta. Tenos de nos preparar bem. Acho que hoje demos um passo em frente em relação à semana passada que foi um jogo muito difícil para nós. Hoje demos um passo em frente. A qualidade existe e com trabalho acontecem coisas boas. Agora temos de nos concentrar no jogo com o Vizela, mais nada.

O que falta para o Sp. Braga conseguir criar mais oportunidades? O Borja apresentou queixas ao intervalo, está bem?

- O Borja acho que não é nada de especial. Não tivemos muita baliza porque o Estoril é uma equipa muito organizada. O principal objetivo do Estoril é atrair o adversário, destabilizar o adversário e faz isso muito bem, jogam de olhos fechados. Tínhamos de quebrar o que aconteceu na semana passada, tínhamos de colocar um ponto final no que se passou. Não podíamos chegar aqui ao Estoril, depois do que aconteceu na semana passada, e apresentar um grande caudal ofensivo, mas fizemos um jogo prudente. Seguramente que na segunda parte corrigimos o que tínhamos de corrigir e fomos mais agressivos. Nos primeiros 20 ou 25 minutos fizemos o que devíamos ter feito no jogo todo, mas conseguimos fazer um golo. Depois é normal que o Estoril tenha reagido, mas fomos organizados e não sofremos golos.

Equipa está preparada para esta fase final? Ou está ainda a acusar a saída de Artur Jorge?

- Esses jogadores são muito experienciados, a um nível elevadíssimo, mas não são máquinas. Eles sentem. Sentimos muito a derrota na semana passada. Isto magoa e o contexto durante a semana deu-nos boas sensações. Apanhámos um Estoril que já está em piloto-automático, que joga bem, apesar de estar numa situação difícil na tabela. Tínhamos de ser inteligentes, não podíamos chegar aqui com um bloco muito alto. Provavelmente íamos sair daqui com zero. Tínhamos de ser inteligentes. Na segunda parte estivemos mais próximos daquilo que queremos. A vitória era o mais importante para nós.

Empate do FC Porto teve influência neste jogo? Jogadores tiveram conhecimento do resultado do Dragão?

- Sinceramente, não sei se eles se aperceberam, estavam no aquecimento. O que nós sabíamos é que hoje tínhamos a oportunidade de trazer três pontos, com os nossos adeptos aqui a apoiar-nos. Era isso que era essencial para nós. Pensar no terceiro lugar? Temos de pensar no Vizela, senão vamos espetar-nos ao comprido. Temos de corrigir uma ou outra situação e hoje já estivemos bem mais sólidos e a exibição deu frutos. Agora vamos concentrar-nos no Vizela e logo fazemos as contas.