Abel Ferreira gostaria que o Sporting de Braga continuasse com a equipa B e diz mesmo que se a «decisão» dependesse de si, continuaria com esse plantel nos bracarenses. Uma garantia deixada à margem da antevisão do jogo ante o Desportivo de Chaves, este domingo.

Recorde-se que o Sporting de Braga anunciou esta semana a intenção de criar uma equipa para o campeonato sub-23, deixando em aberto a possibilidade de manter a equipa B.

«Vai ser uma competição nova e temos poucos dados que nos permitam dizer que pode substituir a tão competitiva II Liga. Na minha opinião, não devíamos perder esta vertente competitiva que a II Liga dá às equipas B. Acho os sub-23 uma excelente ideia, mas, se a decisão depender de mim, eu continuava com a equipa B», referiu.

Sobre o jogo em Chaves, marcado para as 18h00 deste domingo, Abel espera um «grande espetáculo» entre «duas boas equipas, com filosofias de jogo parecidas, mas sistemas táticos diferentes». «O Desportivo de Chaves vale pelo seu coletivo. Foi uma equipa que não começou bem, mas o seu treinador continuou a acreditar no processo, a determinada altura fez uma nuance tática, nomeadamente na dinâmica dos seus médios e começou a solidificar a sua forma de jogar e os resultados apareceram», analisou o treinador dos arsenalistas.

Abel reagiu ainda à contratação definitiva de Bruno Viana como «um dos grandes negócios» do clube. O Sp. Braga acionou, esta semana a cláusula de compra ao Olympiacos – estimada em três milhões de euros – e que o tornou o jogador mais caro da história do clube. «Uma coisa é o preço, outra é o valor», justificou Abel. «O Braga faz um trabalho exaustivo de scouting, é como na bolsa de valores procurar as melhores ações ao melhor preço», comparou.

Além de Bruno Viana, o guarda-redes Matheus também renovou e Abel gostaria de ver Goiano prolongar o vínculo que termina no fim desta época. Questionado sobre as opções de Fernando Santos para a seleção, o treinador do Sp. Braga não se mostrou «desiludido» com a não-presença de jogadores do clube para os próximos amigáveis.

«Fico é contente pelo selecionador olhar para o Braga e ver muitos jogadores portugueses a darem prova do seu valor. Sempre respeitei as escolhas dos meus treinadores, os jogadores têm de respeitar as minhas e só há uma coisa que eles controlam: o seu trabalho diário. O prémio não tardará», defendeu.