Na época passada, Ruben Amorim só assumiu que o Sporting era candidato ao título quando ficou a três pontos de o alcançar.

Nesta temporada, a receita será a mesma, garantiu Paulinho em declarações aos jornalistas à margem de um dos primeiros treinos dos leões na pré-época. «Sporting candidato? Vai ser como no ano passado, jogo a jogo», afirmou o avançado.

Nesta temporada, os leões arrancam a temporada como campeões em título pela primeira vez em 19 anos, mas Paulinho recusa que isso traga uma pressão acrescida à equipa.

«O maior peso que temos na camisola é o do símbolo. E esse já o tínhamos no ano passado. Vamos trabalhar e a nossa maior responsabilidade é representar o Sporting», vincou.

Recorde-se que Frederico Varandas, presidente dos leões, admitiu que o campeão nacional não é o principal favorito à conquista do título, mas garantiu que o clube vai continuar competitivo e combater aquilo que disse ser a bipolarização do futebol português, numa clara menção ao títulos divididos na última década/década e meia entre FC Porto e Benfica.

Apesar do discurso cauteloso quanto ao assumir de uma candidatura ao título, Paulinho está convicto de uma coisa: de que os principais rivais terão agora mais respeito pela equipa de Ruben Amorim logo desde o início da época.

«Acredito que já o tinham, mas se calhar este ano é diferente. É natural: o Sporting é o campeão e todas as equipas querem ganhar ao campeão. Se somos o alvo a abater? Somos campeões e acredito que sim. Mas, mesmo que não fossemos, somos um clube grande e os clubes grandes são sempre alvos a abater», referiu.

Paulinho foi questionado a propósito das possíveis saídas do clube após uma temporada na qual muitos jogadodores se valorizaram e chamaram a atenção de clubes financeiramente mais poderosos. «O Sporting acabou por ser campeão no ano em que talvez não tenha feito as contratações mais sonantes. Eu gostava que todos ficassem, mas isso não depende de mim», rematou.