Rúben Amorim explicou esta segunda-feira como gere as questões das adaptações no plantel do Sporting.

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Vitória de Setúbal, o técnico leonino usou o seu próprio exemplo para dizer que não obriga ninguém a jogar numa posição que não quer.

«Olho muito para as características de cada um e tento adaptar à posição que é possível. Jogando em 3x4x3, o Camacho é mais extremo do que lateral. O Acuña é agressivo, defende bem, um central de equipa grande às vezes joga mais como lateral do que central. Vou vendo os sinais que eles dão. Não obrigo ninguém a adaptar-se, fizeram isso comigo e eu sei que não funciona. Ninguém é adaptado à força», afirmou.

Amorim assumiu ainda a responsabilidade pela falta de golos que o setor ofensivo da formação de Alvalade tem demonstrado nos últimos jogos e foi evasivo em relação a possíveis contratações de avançados no próximo mercado.

«O preocupante não é quando os avançados não fazem golos, a culpa não és dos avançados, é claramente do treinador. Uma equipa como o Sporting tem de criar mais oportunidades. Vamos ver o que fazemos no mercado. O objetivo do terceiro ou do quarto lugar pode ter muita influência. A culpa não é dos avançados, é claramente do treinador.»

Por fim, o timoneiro do Sporting deixou ainda elogios a Coates, que vai cumprir o jogo 200 de leão ao peito: «O Coates acalmou bastante, teve um início de época complicado, ajuda muitos os jovens, é como se fosse o pai deles. Está a melhorar, a entender melhor jogo... é muito forte no jogo aéreo. Ele realmente é um jogador que faz a diferença. É um rapaz cinco estrelas, um ótimo colega, e não poderia estar mais contente por ele ter este reconhecimento.»