O voto eletrónico nas Assembleias-Gerais do Sporting foi reprovado, mas Frederico Varandas não desiste dele. Nesse sentido, o presidente leonino utilizou esta quinta-feira o editorial do jornal Sporting para explicar porque o faz.

«Na Assembleia Geral do passado domingo, dos 3771 Sócios que votaram, sete em cada dez votaram a favor da medida proposta pelo Conselho Directivo de alteração dos estatutos para se poder votar eletronicamente à distância», escreveu.

«O primeiro ponto de reflexão é sobre o facto de o universo de 3771 Sócios que votou representar menos de 4 por cento de todos os sócios que podem exercer o seu direito. O segundo ponto é que se torna evidente que, com o sistema de votação vigente, essa minoria de 1 por cento dos sócios sabe que se transforma em 30 por cento, ou mais, consoante a habitual fraquíssima participação eleitoral.»

Ora por isso, o presidente diz que o voto eletrónico à distância é fundamental para tornar o clube mais democrático, não aceitando o argumento de algumas caras conhecidas que questionam a fiabilidade do sistema.

«Desde 2017 que as que eleições nesse ano, em 2018 e 2022 foram realizadas com voto electrónico, sendo o processo de contagem de votos 100 por cento digital e auditado por uma empresa externa ao clube», referiu.

«No dia que houver voto eletrónico à distância o poder fica realmente disperso e descentralizado por todos os sócios do Sporting, e nunca mais por grupos minoritários. Este é que é o verdadeiro cerne da questão do voto eletrónico. O poder que uma minoria não quer perder para continuar a condicionar uma maioria.»