A Selecção Nacional de Sub-21 respondeu de forma positiva ao primeiro teste para o Europeu da categoria a realizar em 2007, na Holanda. Sem precisar de puxar demasiado pelos galões, o jovem seleccionado luso conseguiu uma boa exibição - mais conseguida na primeira parte, enquanto actuou com a sua estrutura de primeira linha - e revelou uma capacidade de regeneração de talentos que dá garantias quanto ao futuro.
Portugal entrou a todo o gás. Aos três minutos, Hugo Almeida, um «santo da casa» (nasceu e cresceu na Figueira da Foz) não precisou de fazer um milagre para encontrar uma brecha na defesa da Sérvia e inaugurar o marcador para gáudio do público local. A equipa dos Balcãs ainda procurou reagir, através de dois lances de bola parada, mas os jovens lusitanos estavam em noite de inspiração. E se os figueirenses já exultavam com o golo do «seu» Hugo Almeida, ficaram em delírio quando o ponta-de-lança do Werder Bremen elevou para 2-0...
Os comandados de José Couceiro dominavam a partida a seu bel-prazer, faziam uma boa circulação de bola e aproveitavam, sempre que a Sérvia resolvia subir mais no terreno, para saírem para o ataque quase sempre pelos pés de Manuel Fernandes, a quem pertenceu, de resto, a magistral abertura para o segundo golo de Hugo Almeida.
A partir da meia-hora, porém, Portugal tirou o pé do acelerador e a Sérvia aproveitou para causar perigo, sobretudo através de remates de meia-distância. O ritmo de jogo abrandou e, para as cores nacionais, até ao intervalo, houve apenas a contabilizar uma tentativa de chapéu de Nani, que saiu ao lado alvo, com Hugo Almeida a não conseguir dar o toque final.
Na segunda parte, como se previa, Couceiro operou uma série de substituições (4), para colocar à prova alguns jogadores e, como é usual nestas circunstâncias também, a intensidade do jogo abrandou um pouco. Mas não muito. Vaz Té teve o terceiro golo nos pés aos 53m, mas permitiu a intercepção de um adversário quando a bola se encaminhava para a baliza. E, pouco depois, voltou a falhar na cara do golo, deixando, desta feita, que o guarda-redes sérvio fizesse a «mancha».
Diogo Valente foi outro dos perdulários da noite, ao não conseguir aproveitar uma boa iniciativa de João Pereira pela direita. Em suma, Portugal continuou na mó de cima e parecia inevitável: à terceira foi mesmo de vez¿ para Vaz Té. A arrancada fulgurante fazia prever estragos e assim foi. Desta vez, o avançado do Bolton não perdoou.