Nem à borla
A Federação fez questão de distribuir convites para o encontro, possibilitando uma borla que, afinal, não chegou para encher por completo o Estádio José Bento Pessoa. A lotação ter-se-á ficado pela metade (5000 pessoas) da capacidade do recinto figueirense. Começa a ser um fenómeno recorrente, mas difícil de entender se tivermos em conta que esta era a primeira vez que uma selecção nacional jogava na Figueira da Foz. Os atenuantes foram os do costume: a noite fria, a hora tardia, ainda por cima a meio da semana, e a transmissão televisiva em directo. Ainda assim, terá sido uma das melhores assistências dos últimos tempos neste estádio¿
Hugo Almeida, lar, doce lar
De regresso à sua Figueira natal, Hugo Almeida fez questão de caprichar. Dois golos, nas primeiras três vezes em que tentou alvejar a baliza, trouxeram ao de cima a eficácia de um dos valores seguros de uma nova vaga de jogadores que, aliás, já começou o seu trilho pelos caminhos da Selecção A.
Miguel Veloso, o «patrão»
Entrada de leão na partida. Decidido, autoritário, ágil e quase omnipresente. O jovem sportinguista foi o esteio da defesa lusitana, não permitindo veleidades aos adversário, mesmo quando se tratavam de «matulões» ao pé dele¿
Manuel Fernandes, o organizador
Sem ter rubricado exibição de sonho, mostrou, em três ou quatro ocasiões, o seu futebol de régua e esquadro, pondo ordem no meio-campo português e sempre disposto a encontrar linhas de passe para os companheiros.
Nani, ele bem tentou
Tentou de várias maneiras chegar ao golo, mas esta noite estava escrito que não iria ser feliz. Não foi pela falta de tentativas, desde um chapéu, passando por um livre, e outras tentativas¿ frustradas.
Vaz Té, à terceira¿
Boa presença na área, bem nas desmarcações e procura dos espaços vazios, tanto porfiou que acabou mesmo por marcar. Os sérvios não ligaram aos dois primeiros avisos e, talvez por isso, não contavam com aquele arranque pela esquerda, já quase no fim, que terminou com o terceiro e último golo da noite.