Declarações do selecionador nacional de sub-21, Rui Jorge, em videoconferência de imprensa, após a vitória por 3-0 sobre a Suíça, em jogo da terceira jornada da fase de grupos do Europeu:

[Com tanta qualidade com bola no meio-campo, como se determina o foco em termos defensivos:] «É evidente que temos muita qualidade com bola, mas também a perdemos. O que penso que aconteceu nestes três jogos, com o Bragança, o Florentino e o Gedson, foi o facto de estarmos juntos. De estarmos a jogar, primeiro de uma forma curta, para depois dar largura e profundidade ao jogo, permitindo que, quando acontecesse erro, tivéssemos uma rápida reação. Mas para isso é preciso essa atitude dos jogadores para, perante o erro recuperar. Em alguns momentos, principalmente com a Inglaterra, soubemos ter paciência sem bola.»

[Itália, adversário nos «quartos» a 31 de maio:] «Não vi jogo nenhum, nem durante este torneio, não faço a mínima ideia do que aí vem (risos).»

[Dois meses até esse jogo:] «Eu acho que não vai diferenciar muito do que aconteceu para este espaço. Será uma competição ligeiramente diferente, porque vamos entrar na fase em que podemos fazer um jogo e não fazer mais, podemos fazer dois, ou os três. Vamos analisar a Itália para dar algumas respostas e dar depois a mais importante resposta, que é no jogo.»

[Se vão ser estes os defesas em maio pelo facto de Portugal não ter sofrido golos:] «Não, o facto de não sofrer golos não é exclusivo da defesa, é mérito de uma equipa, que não permite que os adversários tenham tempo para pensar e executar nas melhores condições. Demonstraram qualidade nestes três jogos, toda a equipa esteve muito bem, tivemos alguns jogadores que não tiveram minutos, mas tiveram um comportamento irrepreensível e uma postura que é a que também faz de nós uma boa equipa.»

«Acho que a chave do jogo esteve na boa circulação e na precisão dessa circulação, não perdendo bolas onde a Suíça é forte: em ataque rápido. A Suíça foi, para mim, a melhor equipa das três [adversárias] em termos defensivos, mas nós conseguimos que eles não tivessem o momento em que são fortes, na recuperação de bola.»