O chefe da Missão Olímpica (MO) portuguesa, Alípio de Oliveira (o também presidente da Federação Portuguesa de Hóquei em Campo), afirmou que o sucesso da participação nacional nas Olimpíadas de Atenas não depende das medalhas que foram ou não conquistadas.
Alípio de Oliveira reconheceu esta terça-feira, na apresentação dos uniformes da MO que se «podem conseguir bons resultados», mas, não quis apontar resultados que todos gostam de ouvir: «Quanto a medalhas... não sei.» «O sucesso não depende das medalhas. Os lugares até ao oitavo são uma honra», assumiu o chefe da missão portuguesa
Mas não é por ter contenção no ânimo que Alípio de Oliveira deixa de mostrar ambição. O responsável pela comitiva olímpica nacional apenas quis mostrar a forma de encarar os Jogos de Atenas 2004 estabelecendo uma comparação entre Fernanda Ribeiro, «que pode ganhar uma medalha» e «os jovens atletas que podem não o conseguir, mas estarão a assegurar os Jogo de Pequim 2008».
O chefe da MO não escondeu por isso o «entusiasmo e engenho» do grupo português: «Em Atenas, acho que vamos ter resultados de honra.»
Com esta tónica, Alípio de Oliveira assumiu que as «expectativas [quanto às Olimpíadas] podem ser reunidas no alcançar dos resultados do trabalho feito, com a consciência de que os Jogo Olímpicos são uma competição com o nível competitivo mais alto possível».
O que o responsável pretendeu dizer foi, assim, que «a organização melhorou», mas «há mais para fazer». «Já se deram alguns passos, mas não podemos perspectivar os Jogos a quatro anos», disse o chefe da MO frisando que o «projecto olímpico tem de ser a médio e longo prazo». «Tem de haver profissionalismo não só do treino e da competição, mas também da escolha», afirmou Alípio Oliveira sobre um processo que tem de ser contínuo e não estar dependente da agenda da próxima olimpíada. «O problema, hoje, é muito mais de estrutura do que de recursos financeiros; estrutura de um projecto olímpico», explicou o responsável em jeito de conclusão