Jorge Jesus fez questão de explicar por que razão o Sporting teve dificuldades na primeira parte do embate contra o Vitória, na final da Taça da Liga:

«Não se justifica diretamente pelo rendimento de Rúben Ribeiro, Montero e Bryan Ruiz. Todas as equipas têm atletas que rendem mais do que outros. Isso não foi fulcral. Não tivemos tempo para jogar, porque não soubemos criar espaço. E o Vitória também não deixou.

O meio-campo com o William e com o Bruno Fernandes não estava a funcionar. O Bruno não sabia o que estava ali a fazer. Na segunda parte tudo mudou e o Sporting saiu vencedor. Demonstrámos muita qualidade na hora da decisão. Não trabalhámos apenas conteúdos técnico-táticos, treinámos as bolas paradas. Preparámos as grandes penalidades desde o início da época.»

«Sei quais os jogadores que têm mais potencial para marcar grandes penalidades. É preciso ter queda. Há jogadores que não tem queda para os marcar. Feliz é o treinador que conta com quatro jogadores para bater e que não sente diferença.»

Mais tarde durante a conferência de imprensa, o técnico desenvolveu a explicação.

«O Fredy Montero está a trabalhar comigo há duas semanas. Já trabalhou comigo meia época, conheço-o bem. É um jogador que cheira o golo e que finaliza bem. Era importante não deixar o Bas Dost sozinho contra os dois centrais do Vitória, independentemente de quem jogasse ao lado dele. Não foi por causa do Fredy que a equipa não esteve bem. A bola não chegou à frente e como não chegou, eles não jogaram. Mudei o posicionamento do William e do Bruno na segunda parte e a equipa apresentou outra qualidade. Isto é o que dá satisfação a um treinador, olhar para o jogo, perceber por que razão a sua equipa não consegue criar e encontrar soluções.»