Depois de estar a ganhar por 3-1, ao intervalo, o Nacional deixou-se empatar a três bolas, este domingo, na receção ao Vitória de Setúbal em jogo da 1.ª jornada da fase de grupos da Taça da Liga, disputado no Estádio da Madeira, na Choupana.

Os madeirenses só podem queixar-se de si próprios por terem deixado fugir os três pontos, embora seja justo reconhecer que os sadinos, nunca desistiram de acreditar e lutar por um resultado positivo mesmo quando tudo lhes corria mal, como se viu no primeiro tempo, período em que a equipa da casa foi melhor e tremendamente eficaz.

Para este jogo, o Nacional apresentou uma equipa com oito alterações em relação à última partida para a I Liga, disputada frente ao Benfica, que as águias venceram por 4-0; enquanto o V. Setúbal operou seis, comparativamente ao empate sem golos ante o Belenenses.

O primeiro grande lance de futebol do jogo surgiu ao minuto 10’. Kalindi recuperou o esférico no meio campo defensivo sadino e serve Alhassan, que lê bem o movimento de dois adversários e opta por passar pelo meio de ambos para servir Gorré, que veio a ser desarmado ‘in extremis’ já na grande área.

Mas logo no minuto seguinte surgiu um momento ainda melhor e com direito a golo. Numa transição rápida, Witi é servido por Gorré desde a esquerda, e em zona frontal, o avançado moçambicano, após tirar um adversário do caminho, remata de pé esquerdo, em arco, sem hipótese para Cristiano, que substituiu Joel Pereira à guarda das redes sadinas.

O V. Setúbal tentou naturalmente reagir, mas foi o Nacional, em nova transição rápida bem desenvolvida pela esquerda, e mais uma vez conduzida por Gorré, que acabou por ampliar a vantagem. Aos 15’, o extremo holandês voltou a ser rápido e eficaz na decisão e voltou a servir Witi, que teve tempo, arte e qualidade para assinar mais um grande golo, embora perante alguma apatia da defesa contrária, sobretudo por parte do seu guardião.

Costinha não podia desejar melhor início de jogo. Dois golos em 15 minutos davam muita confiança para o que faltava jogar. Mas o Vitória de Setúbal sabia que ainda havia muito tempo e intensificou a pressão sobre a equipa da casa.

Mas o futebol dos sadinos revelou-se sempre presa fácil para os madeirenses. É certo que estiveram um bom quarto de hora a ameaçar o último reduto nacionalista, mas com uma construção muito óbvia, acabaram por não incomodar o guardião Framelin, que também foi chamado a substituir o habitual titular da baliza do Nacional, Daniel Guimarães.

O Nacional foi ‘empurrado’ para a defesa, mas não perdeu de vista a baliza contrária. Aos 25’, Okacha não assinou o terceiro por muito pouco. Mas, passado pouco mais de dez minutos, não falhou e aumentou a vantagem para 3-0, com uma bela cabeçada a cruzamento de Vítor Gonçalves.

Se o treinador do Nacional se sentia muito satisfeito perante tamanha eficácia, o mesmo, naturalmente, era impossível de vislumbrar no rosto de Lito Vidigal. O descontentamento do técnico sadino levou-o mesmo a uma dupla alteração ainda antes do intervalo, mais precisamente aos 38’, com as entradas de Nuno Valente e Alex, para os lugares de Rúben Micael e Zequinha.

As alterações mexeram com o jogo e as marcações. Aos 40’, Mendy, assistido pelo recém-entrado Nuno Valente, reduziu a desvantagem. Mas antes do apito para o descanso, foi o Nacional a ficar muito perto do quarto, num lance em que desta vez Witi trabalhou para Gorré finalizar.

O golo sadino trouxe esperança. E esta acabou por ser incrementada consideravelmente quando, pouco depois do reatamento da partida, Hildeberto reduziu para 3-2, aos 48’, numa jogada individual em que passou por toda a defensiva do Nacional.

Com o resultado de novo em aberto, o Nacional perdeu concentração ante um conjunto sadino que começou a revelar mais concentração e confiança no seu jogo. A formação de Lito Vidigal passou a dominar as operações e a pôr em sentido o último reduto alvinegro, mas sem criar lances de perigo efetivo.

Costinha refrescou o ataque, trocando Witi por Riascos, e depois o eixo defensivo, lançando Diogo Coelho no lugar de Arthur. Já Lito Vidigal jogou a última cartada, colocando mais um avançado, Aleff, por troca com o médio Éber Bessa.

Acabou por vencer o técnico sadino, uma vez que Allef, veio a fazer o empate na primeira vez que tocou no esférico, aos 82’, de cabeça, num lance em que a defesa da casa não conseguiu afastar o perigo perante várias insistências contrárias em plena área.

Até ao final da partida, que ainda teve cinco minutos de descontos, nota para uma oportunidade para cada lado. Mas ficou a ideia que ambas as equipas ficaram contentes com o empate...