[Fotos Inácio Rosa/Lusa]
O Sporting conquistou a sua 14ª Taça de Portugal ao bater o Belenenses com um golo solitário de Liedson, coroando com um título, o primeiro nos últimos cinco anos, a brilhante ponta final da temporada, sem derrotas desde o início de Dezembro de 2006. Desta vez os leões não marcaram a abrir o jogo, mas mesmo ao cair do pano, quando já pairava o fantasma do prolongamento, depois da equipa do Restelo ter sustido a habitual entrada forte da equipa de Paulo Bento, esta tarde a reboque de um super-Romagnoli.
Ao primeiro apito de Pedro Proença abriram-se as comportas do céu para um chuva miudinha que se fez sentir ao longo de toda a primeira parte e para a já habitual entrada de rompante dos leões, marcada por um lance polémico, logo no primeiro minuto, com João Moutinho a furar a muralha azul antes de ser carregado pelas costas por Nivaldo. A equipa de Paulo Bento entrou autoritária com um meio-campo mais forte, a esticar com a mobilidade de Romagnoli e a ganhar profundidade com facilidade pelos flancos, com Abel (direita) e Nani (esquerda) em plano de destaque.
O Belenenses procurou manter a coesão na zona central, sustentada por Ruben Amorim e Sandro Gaúcho, numa primeira linha à frente da defesa, apoiada ainda pelo trio Cândido Costa, Zé Pedro e Silas que, quando ganhavam a bola, procuravam lançar Dady em rápidos contra-ataques para as costas dos leões. Duas fugas de Dady, a segunda a culminar com um remate cruzado de Amaral, provocaram calafrios na defesa verde, mas foram apenas fogachos na intensa pressão que o Sporting mantinha em todo o campo.
Um magnífico passe de Polga a lançar Nani deu início a um lance que deixou as bancadas em expectativa, com os leões a trocarem a bola em plena área, com a defesa dos azuis aos papéis. Romagnoli encheu o pé, Costinha defendeu em esforço, Nani assistiu Liedson, o levezinho devolveu, mas, no meio de tanta cerimónia, acabou por dar em nada. O Sporting continuava a encontrar muitos espaços nos flancos e Jorge Jesus, encharcado, desesperava com Cândido Costa, insistindo para o médio encostar à direita para a ajudar a travar Nani. Pelo meio, mais um sinal da equipa do Restelo, com Polga a perder uma bola para Dady e este a assistir Silas de pronto na esquerda. O número dez, já na área, ultrapassou Abel e atirou forte à figura de Ricardo. Mas a última oportunidade, antes do intervalo, seria dos leões, com um desvio de Nivaldo a um tiro de Romagnoli da direita a quase trair Costinha que salvou, in-extremis, com uma palmada.
A segunda parte foi menos intensa, com a dança das substituições a quebrar o ritmo. Paulo bento foi o primeiro a mexer, prescindindo de Tello para apostar em Tonel, deixando o flanco esquerdo entregue a Caneira antes da habitual troca de Alecsandro por Yannick. Jorge Jesus arriscou mais reforçando o ataque com Fernando e Garcês por troca com Ruben Amorim e Silas. O jogo seguiu aberto, com Costinha a voltar a brilhar, negando um golo a Liedson com mais uma palmada, enquanto Dady obrigava Ricardo a desviar uma cabeçada de Dady para a barra. Mas era o Sporting que mantinha a iniciativa do jogo e conseguia manter a bola perto da baliza de Costinha. Depois de oportunidades flagrantes de Romagnoli, Nani e Liedson, o levezinho acabou por resolver o jogo, a três minutos do final.
Na sequência de um canto de Romagnoli da direita, Miguel Veloso ganhou junto ao segundo poste, atraindo dois defesas azuis, antes de lançar a bola para o buraco deixado por estes, onde surgiu Liedson para o desvio vitorioso, numa altura em que Amarl estava a receber assitência fora do relvado. Com a chuva a voltar a cair em força, estava aberta a festa verde.