«A crise na Qimonda não é de hoje, já vem desde Setembro de 2007. A causa dela é o preço das memórias, com uma desvalorização de 70% em 2007 e de mais 70% em 2008», salientou a fonte.
Estas quedas de preço resultaram do «aumento de capacidade de produção de todos os produtores em mais de 100% em 2007 e da redução da procura em 2008».
As memórias de acesso aleatório (RAM), que a fábrica da Qimonda em Vila do Conde produz, estão inseridos num sem números de dispositivos electrónicos, das mais conhecidas marcas, com que nos habituamos a lidar no dia-a-dia.
Apoio estatal é «essencial»
As memórias integram computadores, telemóveis, consolas de jogos, televisores e máquinas fotográficas digitais, leitores de DVD e MP3, impressoras, servidores e sistemas de navegação geo-referenciada (GPS).
Intel, Microsoft, Dell, LG, Sun, Asus, Sony e Nintendo são algumas das marcas que usam memórias RAM da Qimonda.
A empresa já tem, no entanto, a patente de uma nova tecnologia apresentada como a solução para assegurar o futuro do mercado de memórias, mas «necessita de investimento para fazer esse salto tecnológico».
«Era para isso que serviria o apoio estatal», salientou a fonte, notando que esse empréstimo seria «diferente do apoio ao sector automóvel, que suporta os salários».
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