Em comunicado de apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a Alcatel-Lucent sublinha que o plano, que prevê também uma estratégia de oferta de serviços e aplicações de forte valor acrescentado aos operadores, implica uma aceleração dos objectivos actuais de redução de postos de trabalho em 2008 e 4 mil supressões de emprego suplementares até 2009, refere a «Lusa».

O porta-voz da Alcatel Portugal disse que o negócio da Alcatel-Lucent em Portugal «continua estável e a correr bem, de acordo com as expectativas» e «não se esperam impactos significativos» (das medidas de redução de emprego) em Portugal.

Acrescentou que isto não quer dizer que não possa haver «ligeiras adaptações» do emprego da Alcatel-Lucent em Portugal, em função da realidade do mercado.

A multinacional produtora de equipamentos e serviços de telecomunicações Alcatel-Lucent, que resulta da fusão no final de 2006 da francesa Alcatel com a norte-americana Lucent, reviu em alta em Fevereiro a previsão de redução de postos de trabalho, para 12.500, a que acresce a diminuição adicional de 4 mil empregos, hoje anunciada.

No comunicado, a companhia afirma que no terceiro trimestre fez uma redução de cerca de mil efectivos, o que eleva para 5 mil o número de trabalhadores que já saiu da empresa, sem contabilizar os recentes contratos de serviços e aquisições, que envolvem 1.350 pessoas.

A Alcatel anunciou hoje vendas de 4,35 mil milhões de euros no terceiro trimestre, uma redução de 7,8 por cento face ao mesmo trimestre de 2006 a taxa euro/dólar constante, um resultado de exploração ajustado de 70 milhões de euros e um prejuízo de 258 milhões de euros, que corresponde a um resultado negativo de 0,11 euros por acção.

Para o quarto trimestre, o grupo Alcatel-Lucent prevê um forte crescimento do volume de negócios face ao terceiro trimestre e para o conjunto de 2007 estima uma estabilização das vendas face a 2006, a taxa de câmbio euro/dólar constante.