TL: Benfica-Marítimo, 3-0 (destaques)

A figura: Nélson Oliveira

Outra vez titular na Taça da Liga, onde tem aproveitado os minutos para mostrar serviço e, mais do que isso, marcar. Apontou o segundo golo com a camisola do Benfica nesta noite, depois de ter feito o primeiro ao Santa Clara, também nesta prova. Mais do que o tiro certeiro, mostrou uma enorme vontade de fazer bem. Nem sempre o conseguiu, é certo, porque ainda tem erros próprios da idade, mas provou que está a crescer, apesar de um ou outro lance de algum egoísmo. Foi notório que esteve muito mais á vontade com o Marítimo do que com o Santa Clara, por exemplo. E os madeirenses têm mais valor que os açorianos. Mais «dentro» do que é a equipa, combinou bem com os parceiros de ataque e esteve no lance do 2-0.

O momento: minuto 5

Sami fugiu a Maxi Pereira e a Jardel como um ladrão foge à polícia. Sem ligar aos avisos e com o ouro no bolso. Com o nulo no marcador, Sami só parou quando o último segurança saiu da baliza e evitou o 1-0 para os madeirenses. Um momento importante, mas que serve também para dizer que Eduardo mostrou-se seguríssimo na baliza.

Outros destaques

Rodrigo

Um tem 20 anos, outro 21. Dá 41, pouco mais que os anos com que Capdevila conta. Se Nélson Oliveira provou que está a crescer, Rodrigo mostrou que já está num patamar superior. Rápido, habilidoso, colectivo, oportunista, letal. Não é isso que se pede a um ponta-de-lança de topo?

Capdevila

A Luz brindou-o com aplausos em quase todas as acções. Fosse a atacar, fosse a defender. Na verdade, o espanhol fez um bom jogo nos dois planos. Tinha pela frente Danilo, que fugiu várias vezes para o meio e criou algumas incertezas na defesa encarnada, mas o espanhol, no um para um, esteve certeiro. E mais, não tremeu com a bola nos pés, sobretudo nas saídas para o ataque, algo em que difere, para melhor, do habitual titular da lateral-esquerdo. Nesse capítulo e em muitos outros, se jogar como nesta noite.

Nolito

Não marcou, é certo, mas merece destaque claro por aquilo que agitou, por procurar sempre a baliza, por passar entre a chuva sem se molhar. E ainda a puxar Capdevila para uma exibição de relevo.

Djaló

Estreia absoluta pelo Benfica. Entrou aos 82 minutos e teve uma oportunidade para marcar. A Luz recebeu como um aplauso quente, apesar de quase uma vida inteira no rival Sporting.

Sami

A correria ao minuto cinco foi impressionante. Pegou na bola, deu movimento às pernas, aguentou o choque de Maxi Pereira, depois de Jardel e só parou porque Eduardo foi inteligente a sair da baliza. Era o cartão de visita de Sami, que até já passou pela formação do Benfica. Mas o extremo-esquerdo do Marítimo foi muito mais que esse lance inicial. Foi o alvo preferido dos colegas e muitas vezes desequilibrou a defesa encarnada. Uma dor de cabeça para Maxi Pereira, das grandes, daquelas que o uruguaio não costuma ter em Portugal.