Um bom golo, por sinal.
Mas foi mais do que um bom golo, foi um momento de festa num daqueles jogos que não deixa saudades: um jogo angustiante, penoso e torturante.
Um jogo que faz mal ao futebol, mas sobretudo faz mal aos adeptos.
Eram poucos, é verdade, apenas 723, e é provável que da próxima vez sejam menos: muitos deles não voltam, e esse é o preço a pagar por querer preencher o calendário nacional com jogos numa quarta-feira à noite num janeiro frio.
CONFIRA A FICHA DE JOGO E AS NOTAS DOS JOGADORES
Jogos entre equipas que aproveitam para utilizar jogadores menos rodados, que sentem também o peso de um ato falhado como este e regressam a casa mais desmotivados do que saíram.
Ouviram de tudo, de resto. Assobios, gargalhadas e até insultos. Os adeptos, mesmo os reformados, deram o tempo por perdido e não pouparam nas críticas.
No relvado, os jogadores foram sentindo cada vez mais a incapacidade para animar o jogo e o jogo cometeu a pequena proeza de ir perdendo qualidade à medida que o tempo passava: só o pressing final do Vitória despertou ligeiramente o jogo.
Um pressing que chegou para garantir a vitória e o primeiro lugar do Grupo A, em igualdade com o Rio Ave: O V. Setúbal está por isso na luta pelas meias-finais.
Mas se descontarmos a equação matemática deste exerício, foi pouco. Na memória de quem viu ficam as perdas de bolas intermináveis, os passes falhados, as saídas para o ataque em superioridade numérica falhadas por uma bola mal dominada, por uma passe demasiado longo, por um toque de bola a mais.
FREDERICO VENÂNCIO, O DESTAQUE MAIOR DO JOGO
Feitas as contas, as oportunidades de golo verdadeiras contam-se pelos dedos das mãos e os remates contam-se pelos dedos das duas mãos. O Vitória teve sempre mais bola, mais iniciativa e mais ocasiões para marcar. Igor, o guarda-redes do Covilhã, impediu as melhores de terminar em golo.
O guarda-redes brilhou sobretudo quando parou três finalizações dentro da área, duas delas de Rafael Martins e uma de Ney Santos que levou os adeptos a gritar golo antes de Igor surgir.
Só não conseguiu no fundo travar o cabeceamento de Venâncio: um pico de euforia na melancolia.
Feitas as contas, as oportunidades de golo verdadeiras contam-se pelos dedos das mãos e os remates contam-se pelos dedos das duas mãos. O Vitória teve sempre mais bola, mais iniciativa e mais ocasiões para marcar. Igor, o guarda-redes do Covilhã, impediu as melhores de terminar em golo.
O guarda-redes brilhou sobretudo quando parou três finalizações dentro da área, duas delas de Rafael Martins e uma de Ney Santos que levou os adeptos a gritar golo antes de Igor surgir.
Só não conseguiu no fundo travar o cabeceamento de Venâncio: um pico de euforia na melancolia.