Um dos jogos mais aguardados da selecção portuguesa no Mundial de Rugby será frente à Nova Zelândia. Os «All Blacks», como são tratados, são uma das principais potenciais da modalidade e o «Haka», espécie de dança que fazem antes de cada jogo, impõe respeito, mas Tomaz Morais não dá especial importância.
«O grito não me arrepia. O que me arrepia é o hino nacional», disse o seleccionador nacional, acrescentando ainda que, para ele «jogar com a Nova Zelândia ou com a Espanha é igual». «Tenho mais medo daqueles adversários que ninguém dá nada por eles do que dos mais fortes», acrescentou ainda o técnico.
Também os jogadores se mostram pouco ou nada amedrontados. Antes pelo contrário. Encarar de frente o grito neozelandês será algo especial. «O Haka tem uma mística muito grande. Até mesmo quem não sabe muito de râguebi já ouviu falar. Vamos ter a sorte de ver frente-a-frente. Acho que vai dar mais alma», disse o sub-capitão Luís Pissarra.
O médio de formação está consciente das dificuldades que vão ser encontradas, mas acredita que a selecção portuguesa pode compensar as diferenças com recurso à força interior: «Temos noção do valor dos adversários mas também sabemos o que valemos quando metemos o coração em campo». «Um aspecto que pode ser uma vantagem para nós é o desconhecimento em relação à nossa equipa. Não nos vão levar muito a sério. Uma desvantagem será a falta de ritmo competitivo», acrescentou Luís Pissarra.