A judoca portuguesa Telma Monteiro, eliminada nesta segunda-feira nos -57 kg de Tóquio2020, admitiu estar «muito triste» com a derrota na segunda ronda do torneio olímpico

A mais medalhada judoca portuguesa de sempre, bronze nos Jogos do Rio2016, teve uma saída amarga dos seus quintos Jogos Olímpicos, após um combate de enorme desgaste físico na categoria de -57 kg diante da polaca Julia Kowalczyk.

Aos 35 anos e nos seus quintos Jogos Olímpicos Telma Monteiro repete a classificação de Pequim2008, com um nono lugar, resultante de uma vitória e uma derrota na competição, depois de bater a costa-marfinense Zouleiha Abzetta Dabonne na primeira ronda.

«Sinto-me muito triste, porque queria avançar mais na competição. Estou frustrada e desiludida porque sinto que dei tudo o que tinha. Saí exausta, lutei os 10 minutos para ganhar e por isso fico triste de não ter conseguido. O meu objetivo era chegar mais à frente», declarou, na zona mista do Nippon Budokan, citada pela Lusa.

A mentalidade de procurar a vitória, por não ter «medo de não conseguir» guiou a portuguesa perante uma adversária que «teve uma postura muito defensiva desde o início».

«Ficou um pouco expectante, talvez receosa de tomar a iniciativa. Eu percebi que tinha a estratégia certa, a fixar bem a pega e tentar projetar. O combate foi-se prolongando e ela não tinha iniciativa. Desgasta imenso, estava a atacar muito, a fazer muita força, e ela muito defensiva. Ao fim de 10 minutos, já é difícil ser explosiva como sou», analisou.

«Vim como cabeça de série e não era por acaso, não era por acaso ter a ambição de chegar ao pódio ou fazer melhor do que no Rio2016. Não mudava nada. Foi um último ano muito difícil, como para toda a gente, fui campeã da Europa, pontuei no Masters, e evoluí muito até aqui», recordou, emocionada.