O F.C. Porto empatou a zero, esta sexta-feira, diante do Feyenoord, na jornada inaugural do Torneio Porto de Roterdão. Num dos testes mais exigentes desta pré-temporada, o campeão assinou uma exibição sólida e consistente, numa espécie de ensaio geral para o jogo da Supertaça, com o Sporting, dentro de oito dias. No entanto, se a equipa de Jesualdo Ferreira controlou as operações na maior parte do tempo, esteve ainda longe de revelar um volume de jogo ofensivo satisfatório, construindo poucas oportunidades de golo e dependendo em excesso das iniciativas de Quaresma para criar desequilíbrios na frente.
Jesualdo Ferreira apresentou um onze duplamente conservador: tanto no número de reforços (apenas dois, Nuno e Kazmierczak) como na escolha de um triângulo a meio-campo que privilegiava a solidez e o equilíbrio táctico, limitando a ligação com os três homens da frente. Após dez minutos iniciais de alguma pressão por parte da equipa holandesa, os portistas assumiram o controlo das operações, a meio-campo, e ganharam ascendente na posse de bola, que não nas oportunidades de golo.
Teve muito pouco para contar, a primeira parte, tanto mais que o Feyenoord não conseguia ligar jogo com a dupla avançada (Makaay e Slory) e limitava-se a esperar, no seu meio-campo, pelas iniciativas do adversário.
A segunda parte revelou-se bem diferente, com Adriano, bem lançado por Quaresma, a desperdiçar a primeira oportunidade clara, com um chapéu que saiu demasiado alto, só com Timmer pela frente. Respondeu o Feyenoord, com um cabeceamento de Hofland à trave, após livre de Van Bronckhorst. Faltava ainda mais de meia hora para jogar e o golo parecia perto. Mas nenhum dos técnicos quis arriscar muito e, apesar dos esforços constantes de Quaresma e, no lado holandês, do enérgico Drenthe, havia poucos pretextos para emoção nas bancadas do De Kuip. Depois de um bom trabalho de Lisandro, concluído com um remate que passou perto do poste, começou a dança das substituições, com Jesualdo Ferreira a dar minutos ao estreante Farias, acompanhado por mais dois compatriotas (Mariano e Bolatti). A saída de Quaresma, rendido por Tarik a cinco minutos do fim, foi o ponto final na escassa animação ofensiva do F.C. Porto, que ainda passou por um susto, a dois minutos do final, num erro de Nuno, que deixou escapar uma bola fácil, salva sobre a linha por Mariano Gonzalez.
No final, um empate justo, face ao escasso número de oportunidades criadas de parte a parte, numa exibição consistente do F.C. Porto, já de olhos na Supertaça, mas a que faltou algum sal.
O F.C. Porto vai agora defrontar o Shanghai Shenhua no próximo domingo (16.45), para a decisão da prova, enquanto o Feyenoord terá pela frente o Liverpool.
No De Kuip, as equipas alinharam:
FEYENOORD: Timmer; Lucius, Hofland (André Bahia, 80), Vlaar e De Cler; Hofs (Buijs, 75), Sahin e Van Bronckhorst; Slory (Bruins, 66), Makaay e Drenthe (Mols, 75).
F.C. PORTO: Nuno; Fucile, Bruno Alves, Pedro Emanuel e Cech; Paulo Assunção (Bolatti, 67) , Raul Meireles (Leandro Lima, 79) e Kazmierczak; Quaresma (Tarik, 85), Adriano (Mariano Gonzalez, 75) e Lisandro (Farias, 75).