A UEFA diz que nunca ligou os comentários de José Mourinho, depois da derrota em Barcelona, ao abandono do árbitro Anders Frisk que foi alvo de criticas do treinador português, pela actuação que teve no jogo da primeira-mão da oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
«Ninguém na UEFA ligou os comentários de Mourinho com a renúncia de Anders Frisk. A UEFA nunca disse que Mourinho tinha levado Frisk a renunciar», afirmou William Gaillard, director de comunicação da UEFA, antes de ressalvar que as polémicas declarações do treinador português sobre o árbitro sueco, que acabou por abandonar a carreira depois de receber ameaças de morte, não vão ser analisadas na reunião de 19 e 20 de Abril, na Estónia: «Isso não está na agenda para a nossa reunião do Comité Executivo.»
Certo é que o comportamento de Mourinho deverá ser debatido na reunião do Comité Disciplinar da UEFA, a 24 de Março.
William Gaillard sublinhou, no entanto, que os treinadores e os jogadores têm de ter cuidado nas afirmações que fazem: «As palavras dos agentes do futebol são mal interpretadas pelo público que não é mentalmente estável. Não era intenção de Mourinho chicotear em Frisk, mas nós pedimos que todos tenham cuidado nas afirmações que fazem.»
O director de comunicação da UEFA garantiu ainda que os responsáveis do Chelsea serão «recebidos calorosamente na reunião de sexta-feira».
Mais uma vez o organismo que gere o futebol europeu desmarcou-se das criticas de Volker Roth, presidente do Comité de Arbitragem, que disse que Mourinho é um «inimigo do futebol».