«Ninguém na UEFA ligou os comentários de Mourinho com a renúncia de Anders Frisk. A UEFA nunca disse que Mourinho tinha levado Frisk a renunciar», afirmou William Gaillard, director de comunicação da UEFA, antes de ressalvar que as polémicas declarações do treinador português sobre o árbitro sueco, que acabou por abandonar a carreira depois de receber ameaças de morte, não vão ser analisadas na reunião de 19 e 20 de Abril, na Estónia: «Isso não está na agenda para a nossa reunião do Comité Executivo.»
Certo é que o comportamento de Mourinho deverá ser debatido na reunião do Comité Disciplinar da UEFA, a 24 de Março.
William Gaillard sublinhou, no entanto, que os treinadores e os jogadores têm de ter cuidado nas afirmações que fazem: «As palavras dos agentes do futebol são mal interpretadas pelo público que não é mentalmente estável. Não era intenção de Mourinho chicotear em Frisk, mas nós pedimos que todos tenham cuidado nas afirmações que fazem.»
O director de comunicação da UEFA garantiu ainda que os responsáveis do Chelsea serão «recebidos calorosamente na reunião de sexta-feira».
Mais uma vez o organismo que gere o futebol europeu desmarcou-se das criticas de Volker Roth, presidente do Comité de Arbitragem, que disse que Mourinho é um «inimigo do futebol».
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