Sinais dos tempos. O Vitória de Guimarães venceu na 31ª jornada o Penafiel (3-1) sem apresentar um único português de «gema» na equipa-base. São seis as nacionalidades que compõem a actual equipa minhota na Liga portuguesa.
Falamos com grande realismo do que é o Vitória dos tempos modernos, entrincheirado de jogadores estrangeiros que lutam para não descer de divisão. Senão vejamos: o maior contingente ao nível da representatividade é brasileiro, com cinco jogadores entre os titulares (Nilson, Geromel, Cléber, Otacílio e Manoel). Segue-se Moçambique, representado por dois atletas (Paito e Dário) ao qual devemos adicionar ainda o dinamarquês Svärd, o tunisino Benachour e o polaco Saganowski.
E apenas o lateral-direito Vítor Moreno, naturalizado português ajuda a assinalar o marco da presença lusitana no seio da equipa, por comparação com a matriz internacional que o treinador Vítor Pontes desenha e coloca no campo para atacar as últimas jornadas do campeonato.
O castigo de Neca (some-se ainda a recuperação da lesão no joelho esquerdo contraída no primeiro treino da passada semana), acentuou a questão. E o português mais utilizado terá, agora, de suar as estopinhas para conquistar um lugar na equipa titular do Vitória formada por jogadores de três continentes (Europa/América e África).
O plantel começa esta segunda-feira a preparar a recepção ao Boavista, realizando um treino, à porta fechada, no Estádio D. Afonso Henriques (16 horas).