Vasco Botelho da Costa, treinador da União de Leiria, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Sporting para os quartos de final da Taça de Portugal:

[Jogou as mãos à cabeça no início da segunda parte quando Jair falhou a oportunidade para reduzir para 2-1. Esse momento pode ter sido decisivo?]

«São dados estatísticos e nós sabíamos disso: o Sporting concede muitos golos no início das segundas partes. Tinha sido assim com o Vizela e com o Estrela. E a mensagem ao intervalo foi para os jogadores acreditarem que ainda era possível. Com o resultado em 2-0, podia haver alguma descrença, mas nós não deixámos que isso acontecesse e tivemos muito mérito na forma como entrámos, mas depois é futebol. Não saímos daqui sem oportunidades criadas e não foi um jogo onde fomos totalmente dominados. Tivemos as nossas bolas para fazer golo. Na primeira parte mais de bola parada do que propriamente de outras situações, mas não adianta lamentar. É futebol e elas contam é quando entram.»

[União de Leiria sofreu dois golos de bola parada]

«É um momento em que somos muito fortes ofensivamente e defensivamente também temos sido muito fortes, ainda que tivemos ali um ou dois jogos em que oscilámos um pouco. Aí sim, [o Sporting] é claramente a melhor equipa do país, com um dos jogadores mais perigosos na área, que é o Coates. Atrai muito a atenção, mas não é só ele, como ficou provado. Mas faz parte. Cada jogo tem os seus momentos.»

[Objetivos da União de Leiria?]

«Tínhamos o grande desafio de mostrar que estávamos preparados enquanto clube, equipa técnica e plantel para uma II Liga, que é completamente diferente. É uma nova realidade para todos nós e estamos todos em aprendizagem. Penso que estamos um pouco aquém a nível de pontuação daquilo que poderíamos fazer e do que tem sido a nossa qualidade exibicional. Mas não adianta olhar para trás. Só como aprendizagem. (...) Temos claramente de olhar para os lugares cimeiros da tabela no sentido de termos ambição por acreditarmos que temos valor para nos batermos com qualquer equipa. E essa acaba por ser um pouco a nossa grande frustração. Porque olhamos para os jogos e percebemos que, tirando o jogo com o Mafra, em que fomos claramente dominados, em nenhum dos jogos fomos claramente inferiores aos nossos adversários. Olhamos para esta segunda volta com muito otimismo, mais preparados e capazes de ter resultados e uma melhor pontuação.»