Luís Mário
Inteligência, toque de bola e capacidade de passe. Um jogador a acompanhar com atenção. Promete até tornar-se uma das revelações desta Superliga. Sabe de futebol e sabe espalhá-lo no relvado. O brasileiro precisa apenas de mais tempo para se tornar um incontornável, porque nota-se que ainda não está adaptado ao futebol europeu e sobretudo ainda não está adaptado à velocidade do futebol europeu. Mas, mesmo assim, esteve em todo o lado e passou por ele quase tudo de bom que o V. Guimarães fez esta tarde. Partiu do lado direito do ataque para procurar outros espaços, receber a bola e dar um toque de classe ao jogo vimaranense. Sempre de cabeça bem levantada.
Nuno Assis
Dividiu com Luís Mário as responsabilidades criativas do jogo. Os dois deram ordem a um jogo um tanto caótico. Entenderam-se sempre bem, trocaram várias vezes de posição, combinaram frequentemente, tabelaram, serviram Silva para ocasiões de finalização. O futebol parece até mais simples nos pés deles. Mas é normal quando se trata de dois jogadores com talento.
Silva
Não se lhe pode pedir grandes rasgos, arrancadas determinadas, jogo tecnicista em frente da baliza. Silva já não é jogador para tanto. Mas em compensação tem ainda muito para dar em esforço e capacidade finalizadora. A prová-lo está exactamente o golo que marcou, pleno de oportunismo e instinto matador. Perdeu, de resto, algumas bolas, mas nunca virou a cara à luta. O que lhe valeu muitos aplausos.
Alexandre
Outro brasileiro que ainda procura o seu ritmo no futebol europeu, mas que promete também dar que falar. Não tem a técnica ou a visão de jogo de Luís Mário, mas tem força, tem vontade e tem um pulmão imenso. Colocado à frente da defesa fartou-se de cobrir espaços, à direita e à esquerda, de recuperar bolas e de procura integrar-se no ataque. Uma exibição bem agradável.
Ricardo Fernandes
O mais inconformado na equipa da Académica. Desde o início, aliás. Os colegas pareceram só acordar na segunda parte, mas ele esteve lá o tempo todo. Correndo o campo todo, procurando os espaços vazios, mudando o jogo de direcção, servindo as desmarcações dos avançados, aparecendo várias vezes em situação de finalização e sobretudo rematando, rematando muito.