Maranhão, pontapé de raiva

Foi premiado com o golo num jogo em que mostrou muita vontade, mas pouco discernimento. Nem sempre lhe saíram bem os cruzamentos, e as arrancadas perante Elderson ou Miguel Garcia nunca renderam os frutos que desejaria. Ainda assim, fica na história do jogo pelo bom golo que conseguiu, aproveitando as características do relvado, molhado, que dificultaram, ainda mais, a missão de Felipe.

Alex, às direitas

Habitualmente, pelas acções de Bruno Teles, é o flanco esquerdo do V. Guimarães o principal destaque da equipa, mas, esta noite, perante o menor acerto do brasileiro, foi do lado contrário, muito por acção de Alex, que vieram os três pontos. O lateral já tinha estado bem nas constantes investidas para o ataque, aproveitando a fragilidade de Elderson. O melhor chegou a oito minutos do fim, quando viu Miguel Garcia desviar o seu cruzamento e garantir o triunfo para a sua equipa.

João Ribeiro, o dínamo

É, claramente, um jogador a pedir voos mais altos. Principal dinamizador do ataque vimaranense com raides fulminantes nas costas da dupla de avançados. Não é à toa que o seu nome começa a ser associado a emblemas de maior dimensão. Saiu na segunda parte, quando Manuel Machado quis alterar a forma como o Vitória atacava, lançando Toscano.

Leandro Salino, contra todos

O melhor bracarense esta noite. Foi o motor do meio campo do Sp. Braga. Custa a perceber como andou arredado da titularidade, pois a sua importância na dinâmica do conjunto de Domingos é demasiado evidente. Funcionou como principal ponte entre a defesa e o ataque, naquele jeito desconcertante, sempre parecendo que vai cair ou perder a bola, mas acabando por levar avante os seus intentos. Remou mais que todos os outros, mas faltou-lhe acompanhamento.

Alan, para o bem e para o mal

Herói e vilão, sempre assistido por João Ferreira. Nem estava a fazer um jogo muito positivo, quando abriu o activo, num lance muito confuso e, acima de tudo, irregular. O brasileiro estava em fora-de-jogo no momento do livre de Luís Aguiar. Em cima do intervalo e já com o encontro empatado, voltou a ser protagonista, num lance com João Alves. O outro João, o Ferreira, entendeu que se tratava de agressão e os bracarenses ficaram a jogar com 10.

Miguel Garcia, infeliz

Regresso azarado ao onze bracarense. Supriu a lacuna causada pela gripe de Sílvio e estava a cumprir, até colocar o pé onde não devia. Na ânsia de tirar o perigo da área, após cruzamento de Alex, acabou por tirá-la do alcance de Felipe e fazer um auto-golo que selou a derrota do Sp. Braga no derby.