Um autêntico furacão sadino no segundo tempo deu os primeiros três pontos da temporada ao V.Setúbal no Estádio D.Afonso Henriques. Há 26 anos que o V.Setúbal não vencia em Guimarães e fê-lo logo com contornos de goleada. O V.Guimarães mostrou muito pouco e sentiu enormes dificuldades para construir lances ofensivos.

Os sadinos entraram a vencer com uma grande penalidade convertida por Paulo Tavares. A equipa da casa ainda esboçou uma reação e chegou ao empate, mas acabou sucumbir perante um V.Setúbal cem por cento eficaz que fez três golos em apenas doze minutos no arranque do segundo tempo.

V.Guimarães melhor mas sem objetividade

Rui Vitória apresentou a equipa utilizada nos dois jogos anteriores, apresentando portanto a mesma equipa nas primeiras três rondas do campeonato. Por sua vez José Mota fez regressar Kieszek à baliza e trocou Rafael Martins por Ricardo Horta no ataque.

Os sadinos chegaram ao golo à passagem do primeiro quarto de hora numa grande penalidade que não deixou dúvidas a Marco Ferreira. O contacto entre Ramon Cardozo e Addy existe ficando para discutir a velha questão da intensidade. Quem não teve dúvidas na intensidade foi Paulo Tavares com uma grande penalidade eximiamente executada, em jeito e em força sem hipóteses para Douglas.

O V.Guimarães cresceu, foi atrás do resultado e dominou os espaços, mas sem qualquer capacidade de produção ofensiva. O golo chegou já muito perto do intervalo num lance em que Marco Matias parece beneficiar de posição irregular para aparecer na cara de Kieszek para fintar o guarda-redes e fazer a igualdade.

Furacão sadino no segundo tempo

Quando era de esperar um V.Guimarães acutilante e a entrar em busca da cambalhota no marcador no segundo tempo aconteceu precisamente o contrário. Dos balneários veio uma equipa fria e mortífera montada por José Mota.

Em apenas 12 minutos o V.Setúbal apontou três golos e arrumou com a questão, de forma muito pragmática e sem dar tempo para que um tímido V.Guimarães conseguisse dar resposta ao furacão sadino do segundo tempo. Num lance de bola parada Javier Cohene voltou a gelar o D.Afonso Henriques recolocando os sadinos na frente do marcador.

Depois foi Cardozo a entrar em cena com dois golos cheios de oportunidade a fazer evoluir o marcador para números que poucos seriam capazes de prever. Este avançado paraguaio não entra em polémicas e estreou-se a marcar no campeonato nas duas oportunidades de que dispôs. Triunfo justificado dos sadinos, ainda que por números algo exagerados.