O Estrela da Amadora tinha pela frente dois desafios: derrotar um adversário teoricamente mais forte (quanto mais não fosse porque tinha a seu favor o factor casa) e quebrar a tradição. Os tricolores só venceram uma vez no Bonfim, a 20 de Abril de 1997, sob o comando de Fernando Santos, e ainda não foi desta que os tricolores saíram de Setúbal com os três pontos. Daúto Faquirá foi mais feliz no reencontro com a sua antiga equipa. Os sadinos venceram por 1-0.
A formação da casa começou o jogo a ganhar e isso condicionou, desde logo, o rumo do jogo. O V. Setúbal entrou mais forte e com vontade de atacar. Mateus conseguiu inaugurar o marcador logo no primeiro minuto. Isso fez tremer a equipa adversária, que teve de recompor-se do golpe.
O conjunto de Lito Vidigal até tentou, mas os sadinos, com mais ou menos dificuldades, controlaram a partida. Com um golo de vantagem, o V. Setúbal apostou em trocar a bola e em impor velocidade em alguns lances de contra-ataque. Ainda assim, o Estrela podia ter empatado, aos 23 minutos. Nuno André obrigou Bruno Vale a aplicar-se, depois Anselmo atirou ao poste.
A qualidade de jogo caiu na segunda metade dos primeiros 45 minutos, com as duas equipas a lutarem muito no meio-campo e a fazerem muitas faltas.
Ataque renovado não deu golos
Os dois treinadores operaram uma alteração em relação ao jogo da primeira jornada, ambos no ataque. No V. Setúbal saiu Leandro Lima e entrou Carrijo para o onze. No Estrela Rui Varela foi substituído por Anselmo. A verdade é que as alterações de pouco valeram, já que foi apontado apenas um golo.
Durante a segunda metade o Estrela tentou, pelo menos, igualar, mas sem grande objectividade ou sucesso. Apesar de tudo, continuou a ser o V. Setúbal a equipa que mais perigo criou, sobretudo após a entrada de Bruno Gama.
Não foi um jogo bonito, mas piorou muito nos instantes finais, registando-se duas expulsões e muita confusão dentro de campo. O árbitro deu o encontro por terminado no meio de uma multidão de jogadores.
Acabou por vencer quem soube gerir melhor as emoções e foi mais «certinho» nas suas acções. O Estrela da Amadora mostrou vontade, mas isso não basta.