O balneário do Valência parece não ter acolhido bem as declarações recentes de Ricardo Costa, que se assumiu triste por estar afastado da titularidade. Bruno Saltor, colega de equipa, não hesita em censurar as palavras do internacional português, actualmente integrado na Selecção.

«Devemos tentar proteger o grupo, e esse tipo de declarações não o favorecem. Há muitos jogadores em situação igual ou parecida, e continuam a trabalhar, como ele tem feito», disse o lateral direito, que ainda assim classifica Ricardo Costa como um «profissional inatacável». «Todos temos os nossos momentos», acrescentou, em jeito de explicação.

O internacional português mostrou desconforto perante algumas notícias da imprensa espanhola, e disse mesmo esperar que o Valência desmentisse a informação que o tinha oferecido ao Espanhol. «Se tiver que mudar de clube, a escolha será minha, não será de mais ninguém. E quanto a isso estou tranquilo, nunca me faltaram clubes interessados e não vão faltar no futuro. Se tiver de sair do Valência, serei eu a escolher o meu futuro e mais ninguém. Escusam de escrever estas notícias, porque se, um dia, tiver de sair do Valência, eu sei bem para onde vou jogar», disse o defesa, que nas declarações reproduzidas pela sua assessoria de imprensa referiu-se também ao interesse de PSG e Juventus, no último mercado.

Ricardo Costa rejeita também a tese de que perdeu a confiança do técnico Unai Emery após o primeiro jogo da Liga espanhola, frente ao Racing Santander. «Em primeiro lugar, devo recordar que fui substituído ao intervalo e a equipa apenas tinha sofrido dois golos comigo em campo. Quando o Racing marcou o terceiro golo eu já não estava lá. Em segundo lugar, recordo bem esse jogo e não me lembro de ter jogado sozinho. Foi o Valência que sofreu os golos ou foi o Ricardo Costa?», disse o português. «Eu também posso dizer que sofremos dois golos esta época do Barcelona e comigo, na época passada, apenas sofremos um. Não compreendo, francamente, essa história e não creio que seja por isso que o treinador tenha perdido confiança em mim. Aliás, em boa verdade, não sei se ele perdeu ou não a confiança em mim, porque o treinador nunca discutiu esse assunto comigo e eu também não tenho de perguntar. Se um dia, ele quiser explicar-me, então, nessa altura, já saberei melhor», finalizou.