Vasco Fernandes emigrou este ano para a Grécia, deixando para trás o Olhanense e um período muito difícil no clube algarvio. Agora integra a defesa mais portuguesa da Grécia: joga no Platanias, que tem três jogadores lusos no onze habitual. Além de Vasco Fernandes, também Emídio Rafael e Vasco Faísca.

O defesa faz para já um balanço positivo da experiência, apesar de os resultados desportivos não serem bons. O Platanias é penúltimo na Liga grega ao fim de oito jogos, ainda sem vitórias. «A nível pessoal está a correr bem, tenho estado a jogar sempre, a nível coletivo não estão muito bem, em oito jogos ainda não conseguimos vencer», observa Vasco Fernandes em conversa com o Maisfutebol, dizendo ainda que a coincidência de a defesa ser quase toda portuguesa «torna mais fácil a comunicação», mesmo em campo.

«O Platanias é um clube que está há pouco tempo na Liga grega, é apenas a segunda vez na história do clube, tem que melhorar em algumas coisas», explica ainda o jogador algarvio. Mas tem uma grande vantagem, nos tempos que correm. «É um clube de gente humilde», diz o jogador, mas sobretudo «cumpridora e séria».

O que, para quem viveu as últimas épocas no Olhanense, onde os salários em atraso foram uma constante, faz toda a diferença: «É meio caminho andado, encontrar isto. Sobretudo para mim que já tive experiências menos boas, especialmente no ano passado. Encontrar pessoas que têm palavra hoje em dia não é fácil.»

A conversa termina a falar do Olympiakos, que está esta noite na Luz, para defrontar o Benfica na Liga dos Campeões. O Platanias defrontou no fim de semana os campeões gregos, que venceram por 4-1, e Vasco Fernandes analisa o confronto com a convicção de que não é superior ao Benfica.

«Eu diria que é uma equipa que está ao alcance do Benfica. Vejo o Benfica com qualidade suficiente para esta equipa», observa: «É uma equipa montada para o campeonato grego, de muita posse, com muita qualidade ofensiva, mas sem bola não são agressivos. É uma equipa que quando tem a bola não é muito boa. O Benfica pode explorar essas lacunas.»