André Villas-Boas conta que não viu a final da Liga dos Campeões entre o Chelsea e o Bayern Munique até ao fim, emociona-se quando fala do assunto e continua a lamentar o seu despedimento dos Blues a meio da época passada. O treinador saiu em março e foi substituído por Roberto Di Matteo, que foi campeão europeu.
«Vi a final, mas não até ao fim», contou o treinador português, numa entrevista à France Football. «Havia jogadores naquele balneário de quem eu gostava muito. E a quem só podia desejar o melhor», prossegue, com o jornalista a descrever que neste ponto está emocionado: «Não foi fácil para mim sair. Felicitei algumas pessoas com quem trabalhei, as que deram tudo, que eram minhas amigas.»
«Acho que deviam ter-me dado a possibilidade de continuar. Mas tenho consciência que a mudança era, em matéria de resultados, a única forma de conseguir um impacto. Quando estamos neste tipo de espiral negativa, há dois tipos de reação: ou ficamos agarrados ao nosso projeto de futuro e às pessoas que o integram, ou queremos resultados imediatos. E aí é preciso mudar tudo», prossegue.
O atual treinador do Tottenham fala ainda dos primeiros passos na carreira, e admite que o facto de ter trabalhado com José Mourinho o beneficiou. «Digamos que tive a sorte de entrar muito rapidamente no staff de Mourinho. Aproveitei ao nível dos conhecimentos, mas também em termos de visibilidade no mercado de treinadores. Quando fui chamado para dirigir a Académica, foi porque vinha da entourage de Mourinho. É importante para começar na profissão.»