Vítor Pereira reconhece que o plantel do F.C. Porto está sujeito a mudanças até final do mês de Agosto. O mercado de transferências provoca uma indefinição desagradável para os clubes no arranque de época. Por isso mesmo, o técnico defende uma mudança de prazos.

«Dá-me gozo viver sob pressão»

«Tudo reunido para época de sucesso»

«É um mercado que devia fechar, em minha opinião, a 15 de Agosto. Está aberto até final do mês e isso prejudica a estabilidade de quem prepara os primeiros jogos da época. Mas isso afecta o Porto e outro clube qualquer. O mercado é ditado pelas cláusulas e, como tal, o plantel nunca estará fechado», reconheceu o treinador.

Falcao, Hulk, João Moutinho, Álvaro Pereira. Vários nomes a circular nos blocos de apontamentos dos gigantes europeus. «Todos acreditamos que vão continuam connosco. Queremos muito mantê-los cá e, por aquilo que eles nos dizem, pela forma como se identificam com o clube, são jogadores que se sentem em casa. São jogadores de qualidade, que dão sempre algo mais a este plantel», disse.

«O problema é quando não têm qualidade»

Kléber é o reforço com maior aproveitamento na pré-época do F.C. Porto. Falcao tem sido um dos jogadores mais cobiçados. Se ambos ficarem no plantel, será possível vê-los juntos no onze? «Os bons jogadores são sempre boas dores de cabeça. Acreditam que sejam compatíveis. Os jogadores de qualidade têm sempre lugar na mesma equipa. O problema é quando não têm qualidade», salientou Vítor Pereira.

O F.C. Porto pensa a médio prazo e tem vários jovens no Mundial sub-20. Para além dos portugueses, Vítor Pereira acompanha ainda James (Colômbia), Iturbe (Argentina), Danilo (Brasil) e Alex Sandro, lateral brasileiro que abandonou a prova devido a lesão.

«São jovens com muita qualidade, que vão continuar a crescer. São o futuro do F.C. Porto. Este é um clube como uma organização como existem poucos no Mundo. Vive o presente mas é visionário, olha para o futuro. São jogadores que me virão para as mãos e julgo que tenho uma aptidão natural para projectá-los para um nível superior. São jogadores que nos vão ajudar a melhorar a nossa dinâmica. Este clube vive de desafios e o futuro está a ser preparado hoje», destacou o técnico.

«Não quero posse de bola para entreter»

Durante a conferência de imprensa realizada no Olival, Vítor Pereira abordou a pré-época dos dragões e o último teste frente ao Ol. Lyon. A equipa perdeu mas o técnico ficou satisfeito com o balanço geral. Assim sendo, perspectiva-se um onze similar para a Supertaça de Portugal.

«Fomos dando tempo de jogo a todos os jogadores, uns mais, outros menos, já pensando na preparação deste jogo. É natural que a equipa que se vai apresentar neste domingo não fuga muito da equipa que defrontou o Lyon», admitiu.

O F.C. Porto está a moldar-se à imagem de Vítor Pereira. «A cultura de posse adquire-se no treino, o nosso treino centra-se muito nesse tipo de jogo. Não quero uma posse de bola para entreter, quero uma posse objectiva. Gosto muito de ver a minha equipa marcar», foi explicando o treinador, acrescentando: «Para este tipo de jogo, é preciso sustentação defensiva. Na primeira parte, frente ao Lyon, fomos de facto essa equipa. No início da segunda, tivemos muita pressa, quem tem pressa comete erros. Nos últimos 15 minutos, com as substituições, perdemos um pouco de fluidez de jogo.»