Convocado inicialmente para a seleção sub-21, Celton Biai acabou por ser integrado posteriormente nos trabalhos da seleção AA. Primeiro de forma temporária, depois formalmente, por força da lesão de Diogo Costa.

O guarda-redes do Vitória ainda voltou depois aos sub-21, mas agora, novamente em Guimarães, faz o balanço desses dias loucos.

«É outro nível [trabalhar com a seleção principal]. Custa encontrar palavras para descrever uma experiência dessas. Deu para perceber melhor aquilo em que ainda devo melhorar. Percebi também que, para estar ao nível deles [dos atletas com que treinou], tenho de trabalhar imenso», explicou, em declarações reproduzidas pelo Vitória.

«Numa fase menos boa da minha vida, cheguei a ter muitas dúvidas, cheguei a pensar que, se calhar, não seria capaz de voltar a representar Portugal, mesmo em escalões inferiores. É sinal de que o meu esforço e o meu trabalho começam a ser reconhecidos», acrescentou.

Celton Biai falou ainda da titularidade recente no Vitória, por força da lesão de Bruno Varela, que cresceu a ver como ídolo: «Quando era mais novo a minha referência era o Bruno Varela. Posso mesmo dizer que era o meu ídolo. Há uns anos, quando ainda estava na formação, havia poucos guarda-redes negros e ele estava num nível mais acima, mesmo à porta da equipa A. Cheguei a ser apanha-bolas dele. Numa fase menos boa, quando tinha 14 ou 15 anos e andava revoltado com a vida, teve duas conversas importantes comigo, dando-me conselhos. Ajudou-me muito.»