A FIGURA: TOMANÉ
Não regateia esforços, luta em cada lance como se do último se tratasse e com a sua pujança física assume-se como a maior certeza do ataque do V. Guimarães. Cruzamento / remate venenoso a abrir o marcador, que nem precisou de um colega para introduzir a bola na baliza; uma ação providencial que valeu a conquista dos primeiros três pontos por parte da equipa vimaranense. Tomané tem estado invariavelmente nos lances de perigo dos minhotos. Não dá nas vistas com requinte técnico, mas tem-se evidenciado extremamente útil e pragmático.
 
O MOMENTO: autogolo de Edu a meias com Bruno Nascimento (minuto 12)
Momento de azar para o Tondela. Na ânsia de evitar que a bola chegasse a Ricardo Valente, Edu e Bruno Nascimento embrulharam-se em frente à baliza e não conseguiram evitar o autogolo. Mérito de João Afonso a solicitar Tomané, o avançado ganhou posição e o cruzamento / remate a destilar veneno fez com que os homens do Tondela acabassem por introduzir a bola na própria baliza.
 
NEGATIVO: lesão de Tinoco
Esteve menos de vinte minutos em campo, obrigando o técnico Vítor Paneira a «queimar» uma substituição ainda numa fase precoce do encontro. Infelicidade do lateral canhoto, que depois de uma disputa de bola ficou no relvado. Ainda tentou reentrar, mas foi de imediato solicitada alteração. Como se diz na gíria, «rasgou» e não deu para mais. Nuno Santos entrou a frio, quase sem direito a aquecimento, para fechar o lado esquerdo da defesa do Tondela.
 
OUTROS DESTAQUES

Montoya: qualidade técnica inquestionável do colombiano do V. Guimarães. Sempre com a bola colada ao pé esquerdo, o número dez foi o elemento que demonstrou mais habilidade para conduzir o esférico e provocar desequilíbrios. A escassos minutos do intervalo enviou uma autêntica bomba ao travessão da baliza de Matt Jones, depois de ter passado por dois jogadores tondelenses. Estreia auspiciosa no D. Afonso Henriques.
 
Nathan e Romário Baldé: duas flechas apontadas à baliza de Douglas. Rapidíssimos no ataque da equipa que subiu ao principal escalão do futebol português, a dupla foi uma ameaça constante, ganhando vários duelos fazendo-se valer da sua velocidade.  Fabricaram um dos lances de maior perigo do Tondela, com Romário a servir Nathan no coração da área. Perto do final do encontro Nathan atirou a centímetros do poste esquerdo da baliza adversária.
 
Bouba Saré: providencial na fase final do encontro a equilibrar a equipa do V. Guimarães e a ocupar espaços. Foi o primeiro tampão às investidas tondelenses, evitando que o Tondela evoluísse com maior perigo no terreno.
 
Raphael Guzzo: entrou no decorrer do segundo tempo e acrescentou qualidade ao setor intermediário do Tondela. Aquilo que Paneira perdeu em músculo ganhou em clarividência e qualidade técnica. Tentou armar o jogo do Tondela e teve nos pés uma boa ocasião para marcar tendo, contudo, atirado por cima.