Roger
Dois grandes golos e muita vontade em fazer a equipa jogar. Nem sempre as coisas saíram bem ao brasileiro, mas revelou mais noção do tempo certo para soltar a bola - mesmo que o passe não chegasse ao destinatário. Inevitavelmente, o seu estilo de jogar trará acusações de se agarrar em demasia à bola - puro engano, o que faz (o que fez neste jogo, pelo menos) é procurar espaço para meter a bola nas costas da defesa. Quando começar também a defender poderá ser um jogador importante para o Benfica.

Ednilson e Tiago
O domínio de jogo do Benfica assentou na boa prestação da sua dupla de trincos. Ednilson tem o caminho para a titularidade dificultado - faltou Petit nesta viagem ao Algarve -, mas mostrou que pode ser opção, com uma excelente exibição. Tiago também esteve muito bem, particularmente na leitura do jogo adversário, o que lhe permitiu cortar muitas bolas.

Dois pontas-de-lança - caminho aberto a Nuno Gomes e Mantorras
O Benfica começou a partida com dois pontas-de-lança, Fehér e Anderson, com Roger no apoio e Drulovic sobre a esquerda. Uma equipa desequilibrada, sem ninguém do lado direito, onde caía um dos avançados e por onde entrava Armando, que fez muito bem esse papel. Um sistema que poderá ser a solução para combinar Nuno Gomes e Mantorras, cabendo ao angolano compensar defensivamente na direita. Simão e Zahovic são candidatos aos lugares ocupados por Drulovic e Roger. Será um risco, porque o lateral-esquerdo contrário fica muito solto, mas a equipa ganha superioridade numérica mais perto da baliza.

Jorginho
O médio ofensivo brasileiro foi o melhor da sua equipa, escondendo a bola nos pés, arrancando depois com uma finta curta que lhe permitiu, muitas vezes, deixar adversários para trás. Foi também quem esteve mais perto do golo na primeira parte.