A FIGURA: Arnold
A estreia a titular pelo V. Setúbal não poderia ter corrido melhor no plano individual. O avançado congolês foi sempre uma seta apontada à baliza contrária, criando muitas dificuldades ao último reduto vimaranense. Cozinhou praticamente sozinho o lance do primeiro golo, iniciando e terminando a jogada a passe de Suk. Na segunda parte não esteve tão ativo, mas voltou a fazer mossa. Aos 66', bisou aproveitando da melhor forma um mau alívio de Bruno Gaspar. Saiu, esgotado, aos 83' sob um ruidoso coro de aplausos.

O MOMENTO: expulsão de Fábio Pacheco (minuto 3)
Não podia ter corrido pior o início de jogo para a equipa de Quim Machado. Ao tentar fazer um atraso para a defesa, Suk acabou por assistir Henrique Dourado, que foi derrubado por Fábio Pacheco. Penálti para os vimaranenses que o próprio Henrique Dourado concretizou. Os sadinos jogaram praticamente todo o jogo com dez jogadores, mas nunca perderam o norte.

OUTROS DESTAQUES

Costinha:
foi muito sacrificado após a expulsão de Fábio Pacheco. Desdobrou-se em missões defensivas, apoiando Dani de forma competente. Mas não ficou por aí. Procurou sempre construir e criar desequilíbrios nas saídas para o ataque, ora pelo centro ora pela faixa esquerda.

Suk: o erro dele logo nos minutos iniciais podia ter custado o jogo aos sadinos. O sul-coreano foi muito criticado, mas rapidamente fez as pazes com os adeptos. Pouco depois, assistiu Arnold para o golo do empate e esteve sempre muito móvel no ataque. Aos 78' podia ter dado a o triunfo à equipa de Quim Machado e antes sofreu um a falta para grande penalidade que a equipa de arbitragem deixou passar em claro. Está a ter um excelente início de Liga: quatro golos e três assistências com a desta sexta-feira. Nada mau...

Rúben Semedo: começou o jogo no meio-campo, mas foi obrigado a recuar após a expulsão de Fábio Pacheco. Muito sólido defensivamente, formou com Venâncio uma dupla que pode vir a fazer sucesso numa altura em que Quim Machado ainda está à procura de corrigir algumas lacunas neste capítulo. Infeliz no lance do golo do 2-2, mas isso não acaba o que fez.

Tozé: os vimaranenses ainda estão muito longe dos patamares mínimos exigíveis e, no meio de um deserto de ideias, Tozé foi sempre dos mais inconformados. Com Montoya uns furos abaixo do rendimento alcançado na última jornada, foi ele a assumir as despesas no meio-campo. Partiram do pé direito dele algumas das melhores oportunidades da equipa minhota, principalmente em lances de bola parada.

Henrique Dourado: não é um prodígio de técnica. É, acima de tudo, um homem de área. Sofre a falta que origina a expulsão de Fábio Pacheco aos dois minutos e converte com tranquilidade o castigo máximo. Na segunda parte, esteve pelo menos duas vezes perto de bisar.