O ciclista português João Almeida confessou ser muito difícil manter a camisola rosa do Giro de Itália até ao final da prova.

«Gostava de manter a camisola rosa até lá, mas não sei se isso será possível. Sinceramente, não acredito muito nessa possibilidade [de vencer a Volta a Itália], mas temos de esperar para ver. Nunca disputei uma corrida tão longa, há gente com muito mais experiência do que eu e basta um dia mau para deitar tudo a perder», disse, em conferência de imprensa.

João Almeida reconheceu que «o pior ainda está para vir» e sublinhou que «a parte final é a mais dura».

«Serão etapas muito duras, com muito frio também e muitas subidas [a montanhas] cobertas de neve», acrescentou.

O ciclista da Deceuninck-Quick Step, de 22 anos, sente que ainda não é uma ameaça para os candidatos à vitória, embora lidere a classificação geral individual desde a terceira etapa.

«Tendo em conta que só passou uma semana, olham para mim como alguém que tem capacidade. Mas como alguém que lhes deve causar preocupação na luta para vitoria? Ainda não. Se mantiver a camisola rosa durante mais uma semana, se calhar, vão pensar de forma diferente», admitiu.

Apesar de reconhecer que qualquer ciclista que integra o top 10 pode vencer o Giro, João Almeida apontou o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), segundo classificado, a 30 segundos da liderança, e o dinamarquês Jakob Fuglsang (Astana), sexto, a 1.01 minutos, como principais favoritos.

João Almeida era um dos reservas da Deceuninck-Quick Step, mas participa na prova fruto das ausências do belga Remco Evenepoel, do holandês Fabio Jakobsen e do italiano Mattia Cattaneo.

O pelotão regressa à estrada já esta terça-feira, para cumprir a 10.ª etapa, num percurso de 177 quilómetros, que liga Lanciano a Tortoreto.