Andy Murray tornou-se neste domingo o primeiro britânico em 77 anos a vencer o Torneio de Wimbledon. O escocês entrou para a história e levou à loucura as bancadas do torneio britânico do Grand Slam, ao vencer na final o nº 1 do mundo, Novak Djokovic, em três sets, por 6-4, 7-5 e 6-4.

Inglaterra sonhava com isto há décadas. Além dos 15 mil que conseguiram bilhete para o Court Central do All England Club, havia milhares de pessoas fora do recinto a torcer por Murray e, claro, muitos mais pela televisão.

Viram um Murray seguro e sereno, que se mostrou bem à altura das expectativas, forçou o sérvio a vários erros e conseguiu uma vitória mais rápida do que seria de esperar. Durou três horas e dez minutos, sob um calor abrasador na região de Londres.

Murray entrou bem, foi mais sólido no primeiro set e deu a volta no segundo, onde Djokovic chegou a liderar por 4-1. Depois de equilibrar as contas a 4-4, o escocês acabou mesmo por se impor. Nervoso, Djokovic foi perdendo o controlo do jogo e ficou em muito maus lençóis. Para dar a volta teria que vencer os três últimos sets o que, para dar uma ideia, não acontece na final masculina de Wimbledon desde 1927.

No terceiro set Murray chegou a liderar por 2-0, mas aí Djokovic foi buscar alguma da sua mítica energia e capacidade de resistência. Virou para 3-2 e conseguiu abalar alguma da confiança de Murray. Mas o britânico chegou a 5-4 e, com o ponto que valia o jogo do seu lado, ainda teve de sofrer.

Djokovic foi adiando o inevitável, incluindo pelo meio uma jogada incrível, a 5-4, em que a bola beija a rede, passa e cai na metade do campo de Murray, mas era uma questão de tempo.

O dia era de Murray e dos britânicos, que esperavam por isto desde 1936. Foi nesse ano que ganhou Fred Perry e nunca nenhum outro tenista britânico o tinha conseguido outra vez.

Este é o segundo Grand Slam de Murray, de 26 anos e atual número 2 do mundo, depois de em 2012 ter vencido o Open dos Estados Unidos.